Anúncio pedia que jovens se mudassem para apartamento na Barra da Tijuca
Foto: Reprodução Internet
Segundo relatos, as seis meninas
só saíam do apartamento em frente ao Parque Olímpico na presença de aliciadores.
As seis adolescentes que
foram aliciadas para se prostituírem em apartamentos no condomínio Villas
Barra, que fica em frente ao Parque Olímpico, em Curicica, na Zona Oeste, eram
mantidas em cárcere privado. Segundo informações da delegada titular da Delegacia
da Criança e Adolescente Vítima (DECAV), Cristiana Bento, as jovens só podiam
sair na presença de um dos aliciadores, que estão foragidos da Justiça.
Ainda segundo Cristiana, uma
mulher foi contratada para cuidar da casa e da alimentação das meninas e
prestou depoimento na especializada. De acordo com moradores do condomínio,
elas circulavam no local há cerca de um ano, sempre acompanhadas.
No apartamento foram encontrados
muitos medicamentos, testes de HIV e sifilis, caderno de anotações de uma das
vítimas, um notebook, 10 celulares, camisinhas, lubrificantes e até um
estimulante sexual masculino semelhante ao viagra.
Márcio Garcia de Andrade, de 33
anos, é o chefe do esquema de prostituição
Foto: Reprodução/Instagram
A delegada informou que durante
as interceptações a equipe percebeu que a dupla era bem perigosa, em uma
conversa eles disseram que iam mandar matar quem os denunciou.
No condomínio Villas da Barra, os
criminosos identificados como Jonathan Alves Mendes, 24 anos e Márcio Garcia de
Andrade, de 33 anos, se dividiam em três apartamentos. Enquanto Jonathan ficava
em um imóvel no sétimo andar e Márcio Garcia numa cobertura de luxo, as meninas
eram colocadas em outro endereço. De acordo com a polícia, quando os agentes
chegaram ao local as pessoas não foram mais encontradas.
Jonathan Alves Mendes, 24 anos é
braço direito de Marcio e comandava tudo que acontecia no apartamento
Foto: Reprodução/Instagram
Os dois aliciadores negociavam os
programas e os clientes eram atendidos pelas vítimas, monitoradas 24 horas por
câmeras instaladas nos quartos.
De acordo com a investigação, a
quadrilha colocou anúncios em redes sociais para atrair meninas que almejassem
seguir a carreira de modelo. Os perfis criados no Facebook, no Instagram e no
YouTube estão em nome de "Sonhos de modelo" e trazem os requisitos necessários
para a profissão: que a idade seja entre 14 e 21 anos; que as meninas tenham um
"desejo ardente de ser modelo, atriz ou cantora"; que elas estejam
"disposta a aderir a um plano rígido de treinamento profissional e
crescimento pessoal", que estejam "disposta a morar na Barra da
Tijuca", além de exigirem "beleza, delicadeza, classe e
talento".
Fonte: O Dia - Rio
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