O dinheiro desviado da Petrobras
teria sido usado para pagar programas em um esquema de prostituição de luxo,
que incluiria até mesmo “famosas da TV”. Os detalhes dos programas foram
explicados ao MPF (Ministério Público Federal) e à PF (Polícia Federal) pelo
doleiro Alberto Youssef e Rafal Angulo Lopez, seu emissor.
A revelação foi feita após os
investigadores da Lava Jato questionarem os dois sobre os termos “artigo 162” e
“Monik”, encontrados nas planilhas que registravam o destino do dinheiro
desviado. Ambos os termos se referem ao pagamento de prostitutas, que chegavam
a cobrar até R$ 20 mil por programa.
Ao todo, só em 2012, foram gastos
R$ 150 mil na contratação de programas de prostituição. Em alguns casos,
participavam famosas por exposição em programas de TV, capas de revista e
desfiles de escola de samba. As informações foram divulgadas na edição desta
segunda-feira (13) do jornal Folha de S.Paulo.
Nas planilhas, foram observados
diversos valores lançados com custo entre R$ 5.000 e R$ 10 mil ligados aos
termos das planilhas. O termo “artigo 162” se refere ao endereço de uma
cafetina, responsável pelo agenciamento de garotas de programa para dirigentes
da Petrobras e políticos.
O dinheiro desviado também servia
para bancar as festas com as garotas de programa. Em um dos relatos, em uma
festa realizada no terraço de um grande hotel de São Paulo, apontou-se gastos
de R$ 90 mil, principalmente em bebidas.
OPERAÇÃO LAVA JATO
Nome: Operação Lava Jato
Início: 17 de março de 2014
Objetivo: Desmantelar um esquema
de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar R$ 10 bilhões.
Histórico: A operação começou em
um posto de gasolina em Brasília, onde ficaria uma casa de câmbio que operava
dólares de maneira clandestina. No decorrer das investigações, foram
descobertas ligações com empresas e políticos, além de um suposto esquema de
propina envolvendo a Petrobras.
Como operava a quadrilha:
Empresas de grande porte combinavam o preço das licitações, superfaturando os
valores. Parte do dinheiro excedente era encaminhada para executivos e
operadores do esquema, que repassariam a propina para os destinatários finais.
Fonte: R7
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