terça-feira, 19 de abril de 2016

Dinheiro investigado na Lava Jato pagava até prostituição de luxo

O dinheiro desviado da Petrobras teria sido usado para pagar programas em um esquema de prostituição de luxo, que incluiria até mesmo “famosas da TV”. Os detalhes dos programas foram explicados ao MPF (Ministério Público Federal) e à PF (Polícia Federal) pelo doleiro Alberto Youssef e Rafal Angulo Lopez, seu emissor.


A revelação foi feita após os investigadores da Lava Jato questionarem os dois sobre os termos “artigo 162” e “Monik”, encontrados nas planilhas que registravam o destino do dinheiro desviado. Ambos os termos se referem ao pagamento de prostitutas, que chegavam a cobrar até R$ 20 mil por programa.

Ao todo, só em 2012, foram gastos R$ 150 mil na contratação de programas de prostituição. Em alguns casos, participavam famosas por exposição em programas de TV, capas de revista e desfiles de escola de samba. As informações foram divulgadas na edição desta segunda-feira (13) do jornal Folha de S.Paulo.

Nas planilhas, foram observados diversos valores lançados com custo entre R$ 5.000 e R$ 10 mil ligados aos termos das planilhas. O termo “artigo 162” se refere ao endereço de uma cafetina, responsável pelo agenciamento de garotas de programa para dirigentes da Petrobras e políticos.

O dinheiro desviado também servia para bancar as festas com as garotas de programa. Em um dos relatos, em uma festa realizada no terraço de um grande hotel de São Paulo, apontou-se gastos de R$ 90 mil, principalmente em bebidas.



OPERAÇÃO LAVA JATO

Nome: Operação Lava Jato
Início: 17 de março de 2014
Objetivo: Desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar R$ 10 bilhões.
Histórico: A operação começou em um posto de gasolina em Brasília, onde ficaria uma casa de câmbio que operava dólares de maneira clandestina. No decorrer das investigações, foram descobertas ligações com empresas e políticos, além de um suposto esquema de propina envolvendo a Petrobras.
Como operava a quadrilha: Empresas de grande porte combinavam o preço das licitações, superfaturando os valores. Parte do dinheiro excedente era encaminhada para executivos e operadores do esquema, que repassariam a propina para os destinatários finais.



Fonte: R7

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