segunda-feira, 4 de abril de 2016

Centro de formação ajuda mulheres da prostituição

A escola Irene Girls, no Quénia, criada em 1991 pelas Missionárias da Consolata, tem ajudado centenas de jovens a  ganhar independência económica, através de cursos profissionais que as preparam para o mercado de trabalho.

Isolada do resto do país, por falta de estradas minimamente circuláveis, a cidade de Maralal, distrito de Samburu, no Quénia, tem empurrado milhares de raparigas para o desemprego, para a pobreza e, em alguns casos, para a prostituição. Para combater os efeitos e as consequências deste isolamento, há 25 anos, com a ajuda da diocese local, as Irmãs Missionárias da Consolata abriram o Centro de Formação Irene Girls, para darem uma nova oportunidade às jovens que nunca estudaram porque foram obrigadas a trabalhar desde tenra idade, ou às que terminaram o ensino secundário e não puderam prosseguir os estudos por falta de capacidade financeira da família.


Recentemente ampliada ao abrigo de um projeto financiado pela Conferência Episcopal Italiana, que permitiu a criação de mais salas de aula e a aquisição de computadores e máquinas de costura, a escola acolhe agora mais de 120 alunas, que se distribuem pelos seis cursos disponíveis, nas áreas do setor alimentar, artesanato, alfaiataria, serviços administrativos e informática.

Através das ações de formação, as missionárias procuram capacitar as adolescentes para se tornarem economicamente autossuficientes, ajudarem a reforçar os magros orçamentos familiares, e a manterem-se afastadas de «atividades que possam prejudicar a sua dignidade, como a prostituição».

No distrito do Samburu vivem diferentes comunidades indígenas nómadas – Sumburu, Turkana, Pokot e Rendile – e a taxa de analfabetismo é muito elevada. Por outro lado, as raparigas são pressionadas pelas famílias a abandonarem a escola e a casarem muito novas, pois o casamento pode render várias cabeças de gado para os pais da noiva.

Conhecida como destino turístico, por causa da vida selvagem existente na Reserva Nacional de Samburu e por ser um ponto de acesso privilegiado ao Lago Turkana, a região tem acolhido vários empreendimentos hoteleiros, mas apenas uma ínfima parte da população consegue retirar proveitos económicos dessas atividades.

Fonte: http://www.fatimamissionaria.pt/

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