A escola Irene Girls, no Quénia,
criada em 1991 pelas Missionárias da Consolata, tem ajudado centenas de jovens
a ganhar independência económica,
através de cursos profissionais que as preparam para o mercado de trabalho.
Isolada do resto do país, por
falta de estradas minimamente circuláveis, a cidade de Maralal, distrito de
Samburu, no Quénia, tem empurrado milhares de raparigas para o desemprego, para
a pobreza e, em alguns casos, para a prostituição. Para combater os efeitos e
as consequências deste isolamento, há 25 anos, com a ajuda da diocese local, as
Irmãs Missionárias da Consolata abriram o Centro de Formação Irene Girls, para
darem uma nova oportunidade às jovens que nunca estudaram porque foram
obrigadas a trabalhar desde tenra idade, ou às que terminaram o ensino
secundário e não puderam prosseguir os estudos por falta de capacidade
financeira da família.
Recentemente ampliada ao abrigo
de um projeto financiado pela Conferência Episcopal Italiana, que permitiu a
criação de mais salas de aula e a aquisição de computadores e máquinas de
costura, a escola acolhe agora mais de 120 alunas, que se distribuem pelos seis
cursos disponíveis, nas áreas do setor alimentar, artesanato, alfaiataria,
serviços administrativos e informática.
Através das ações de formação, as
missionárias procuram capacitar as adolescentes para se tornarem economicamente
autossuficientes, ajudarem a reforçar os magros orçamentos familiares, e a
manterem-se afastadas de «atividades que possam prejudicar a sua dignidade,
como a prostituição».
No distrito do Samburu vivem
diferentes comunidades indígenas nómadas – Sumburu, Turkana, Pokot e Rendile –
e a taxa de analfabetismo é muito elevada. Por outro lado, as raparigas são
pressionadas pelas famílias a abandonarem a escola e a casarem muito novas,
pois o casamento pode render várias cabeças de gado para os pais da noiva.
Conhecida como destino turístico,
por causa da vida selvagem existente na Reserva Nacional de Samburu e por ser
um ponto de acesso privilegiado ao Lago Turkana, a região tem acolhido vários
empreendimentos hoteleiros, mas apenas uma ínfima parte da população consegue
retirar proveitos económicos dessas atividades.
Fonte: http://www.fatimamissionaria.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário