O coletivo de Mulheres na Igreja pela Paridade reivindicou
hoje, por ocasião da celebração da festividade de Santa Maria de Magdala (Maria
Madalena), nesta terça-feira, que a Igreja católica “revise os ministérios e o
acesso a estes à luz do Espírito Santo e o sentir das comunidades de crentes”.
Em um comunicado, o coletivo questiona as lendas que
asseguram que Maria Madalena foi uma prostituta. “De tudo o que lemos, o que
para nós fica claro é que foi uma mulher muito próxima de Jesus, a quem era
unida por uma profunda amizade. Acompanhou-lhe durante os anos de pregação,
inclusive, possivelmente, foi uma das que o assistiam com seus bens”, ressaltou
o coletivo.
Nos Evangelhos, Maria de Magdala foi a primeira pessoa a
quem Jesus apareceu após ressuscitar, mas “as histórias que nos relataram e
comentam sobre ela é a de que foi prostituta, que dela tiraram sete demônios,
que foi a mulher que ungiu os pés de Jesus, que era a adúltera a quem Jesus
salvou de morrer apedrejada, o que dá a impressão que são frutos de mentes de
homens com imaginação fértil no momento de ir desenhando estes perfis em uma
sociedade patriarcal”.
Segundo o coletivo, “o que se destaca é que foi uma pessoa
corajosa que, mesmo sendo questionada por ser mulher naquela sociedade,
entendeu a mensagem de Jesus e a tornou sua”.
O coletivo aproveitou a figura de Santa Maria Madalena para
reivindicar que, “neste momento, em que se abre uma nova oportunidade para
fazer bem as coisas com os novos ares que o Papa Francisco comunica”, que “se
revisem os Ministérios e o acesso a estes à luz do Espírito Santo e o sentir
das comunidades de crentes”.
“Ao mesmo tempo – acrescenta o coletivo de mulheres
católicas -, seguiremos cada uma de nós em nossas tarefas sem perder de vista a
situação das mulheres e meninas do mundo que ainda sofrem discriminação,
estupro, apartheid, sequestro, por razão de seu sexo”.
Fonte: Ihu
Nenhum comentário:
Postar um comentário