sábado, 5 de dezembro de 2015

Gâmbia, na África, proíbe mutilação genital feminina

Imagem usada em campanha circulada na Europa em combate à mutilação genital  (Foto: divulgação)
País africano ostenta um dos maiores índices de vítimas do procedimento, principalmente entre mulheres entre os 15 e 49 anos, segundo Unicef.

O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, anunciou uma nova lei que vai proibir a mutilação genital feminina no país, uma prática que afeta mais de 130 milhões de mulheres no mundo inteiro, a maioria na África e Oriente Médio.
Em seu pronunciamento, Jammeh disse que a prática deve ser banida do país com uma lei de efeito imediato, embora não tenha deixado claro quando a nova legislação entra em vigor, segundo o diário inglês Metro. Alvo de campanhas de ativistas, na Gâmbia a mutilação genital atinge 76% das mulheres.
"Estou realmente impressionado que o governo tenha feito isso. Não esperava uma notícia como essa nem em um milhão de anos. Estou orgulhoso do meu país e muito feliz", disse o ativista anti-mutilação Jaha Dukureh ao The Guardian.
A mutilação genital feminina, ou FGM (na sigla em inglês) é a remoção dos grandes lábios e do clitóris feita em muitas mulheres, geralmente ainda meninas, por motivos religiosos. O procedimento, feito com instrumentos rústicos como lâminas ou facas, causa sangramento, infecções e problemas de saúde e psicológicos que acompanham as vítimas a vida inteira.
O apoio a campanhas anti-FGM cresceu nos últimos anos na Gâmbia, país que, segundo o Unicef, figura entre os que ostentaram os maiores índices de vítimas de mutilação entre 2013 e 2014, sobretudo entre mulheres de 15 a 49 anos.

Fonte: Revista Marie Claire

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