segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Redação feminista do Enem levanta debate sobre machismo e causa furor na internet

A divulgação do tema da redação do Enem 2015 - “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” - causou enorme furor nas redes sociais. Motivo? A violência doméstica ainda é um dos grandes problemas de gênero no País.

Imediatamente, as redes sociais foram invadidas por uma série de memes e comentários sobre o tema. Confira os melhores:







Na página do Facebook do Ministério da Educação, leitores agradeceram o tema. “Tema bastante pertinente para tempos difíceis”, comentou Patricia Saori. Juliana Zavatta também agradeceu: "Valeu, MEC! Agora só falta falar mais sobre esse tema na escola."

Daniel Souza ressaltou que “muitos (e, até mesmo muitas) irão perder pontos em relação aos direitos humanos, em vista de que o machismo é tão internalizado que esses irão emitir juízos sem perceberem-se machistas”.

Os internautas destacaram que o tema choca com a projeto de Lei 5069, de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que dificulta o atendimento às vítimas de estupro.


Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defende tema da redação do Enem 2015

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, iniciou às 19h coletiva de imprensa para fazer um balanço sobre o Enem, que foi realizado neste domingo (25) em todo o País. "Nossa avaliação é que foi o mais completo êxito", disse Mercadante.

Neste ano, foram mais de 7 milhões de participantes. "Houve leve redução dos candidatos confirmados em comparação a 2014", disse o ministro. Conforme ele, 830 mil não acessaram o cartão online para confirmar a participação.

"Quando olhamos o histórico, tivemos a menor abstenção desde 2009, que foi de 37,37%", afirmou, lembrando o ano quando o exame passou a ter caráter de seleção. Este ano foram 25,5% de abstenções. "Temos conseguido reduzir as abstenções, o que é um dado positivo.”
Ainda sobre a redução da abstenção nos últimos anos, Mercadante disse "achar cedo" para ter uma análise conclusiva. "Um dos fatores é a taxa de inscrição.

O benefício da isenção tem que ter regras claras, para alunos de escolas públicas e por renda social. Acho que isso (a taxa de inscrição) ajuda a diminuir (a abstenção). Segundo, a motivação para o Enem vem crescendo ano a ano pelas oportunidades que são dadas", ponderou o ministro.

Sobre as críticas às perguntas da prova de ontem, especificamente sobre a filósofa francesa Simone de Beauvior, o ministro da Educação afirmou que "Simone de Beauvior é uma intelectual conhecida" e que "as pessoas podem divergir, mas na educação é preciso estar aberto a refletir, discutir”.

Ele também defendeu o tema da redação, que abordava a violência contra a mulher. "É inquestionável que somos uma sociedade que ainda é muito violenta contra a mulher. Eu achei um tema excelente, defendo integralmente essa pauta.”

Mercadante enfatizou, ainda que, "quem estudou, seguramente terá um bom resultado e quem não foi bem terá outra oportunidade. O caminho do Enem é estudar”.



Fonte: Brasil Post

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