Quando o “circo” da Fórmula 1 passou por São Paulo,
encerrando a temporada 2012 deste esporte, o incremento da movimentação no
“setor da prostituição” da cidade foi notícia nos grandes portais nacionais,
com gerentes de casas noturnas dizendo que o faturamento é de 15% a 20% maior
em semana de Grande Prêmio Brasil. Imaginem o quanto o mercado de prostituição
no Brasil ficará aquecido na Copa 2014 e
nos Jogos Olimpicos de 2016.
Garotas de programa dizem cobrar mais caro dos estrangeiros
que visitam a cidade para a corrida
Eu cobrei o dobro, 600 reais”. Este foi o acerto que Alinne
Brandão negociou para passar uma hora com um mecânico alemão de uma equipe de
Fórmula 1. Alinne é uma das muitas garotas de programa que já atenderam
estrangeiros e que faturam nesta época do ano com gente que trabalha ou apenas
viaja a São Paulo para assistir à corrida.
“A gente é convidada para muitas festas da Fórmula 1, é
normal”, diz Alinne, que foi contatada pelo mecânico alemão através de seu site
pessoal na Internet.
Na tradicional Rua Augusta, local em São Paulo conhecido por
casas com garotas e mesmo com algumas delas fazendo ponto nas ruas, o
faturamento já foi maior, segundo comerciantes locais. “Há uns cinco ou seis
anos, fazia uma baita diferença, o público aumentava, mas hoje nem tanto”, diz
Alan, barman de uma boate.
Fernanda, gerente de uma das casas noturnas visitadas por
nossa reportagem na região, explica que a grande quantidade de eventos que
acontecem em São Paulo acaba transformando o GP do Brasil em apenas mais um
deles. “Ultimamente, uma feira ou congresso internacional que acontece na
Paulista reflete no aumento de movimento tanto quanto a Fórmula 1”.
Mas, mesmo assim, eles esperam um movimento cerca de 15% a
20% maior no faturamento até a próxima segunda-feira, quando o “circo” da
Fórmula 1 é desmontado e muitos dos funcionários ganham finalmente uma folga.
Profissionalismo e casas de luxo”
Segundo o porteiro de uma das boates da Rua Augusta, Pedro,
o poder aquisitivo do fã da Fórmula 1 é mais alto e este é o principal fator
para que a diferença não seja sentida nos “inferninhos” locais. “As pessoas que
vêm a São Paulo para a corrida geralmente têm muito dinheiro e acabam optando
por casas mais discretas e luxuosas”.
O IG Automobilismo entrou em contato com uma destas casas de
luxo, no bairro de Pinheiros, mas a administração recusou-se a atender. Segundo
taxistas e garotas ouvidas pela reportagem, alguns dos lugares mais badalados
do momento são Scandallo Lounge, Bomboa e Café Photo – este último, inclusive,
coloca em seu site um aviso destacado de funcionamento normal no domingo do GP
do Brasil.
Sobre o comportamento dos estrangeiros, as diferenças são
percebidas logo de cara. “Eles bebem mais, gastam mais e não são de muita
conversa.” Ricardo, o taxista, diz que eles geralmente já entram alcoolizados
nos táxis. “Eu percebo e já perguntam se eles não querem conhecer umas
garotas.”
Para Alinne Brandão,
essas diferenças vão bem além da barreira da língua ou da quantidade de álcool.
“Eles são mais profissionais, mas são ruins de cama”.
Fontes: www. embahia.com.br e www. midianews.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário