quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mapeamento traça 1.776 pontos vulneráveis à exploração sexual nas estradas brasileiras


Os cinco estados que mais apresentam pontos vulneráveis são: Minas Gerais, com 252 pontos; Pará, com 208; Goiás, com 168; Santa Catarina, com 113; e Mato Grosso, com 112 locais considerados vulneráveis à exploração sexual.

O quinto mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, lançado em maio, é uma iniciativa da Polícia Rodoviária Federal em parceria com a Childhood Brasil, a Secretaria dos Direitos Humanos e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nesta edição, a região centro-oeste do Brasil foi apontada como a região mais propícia para a prática deste crime, com 398 áreas mapeadas, de um total de 1.776 em todo o País. Em segundo lugar, aparece o nordeste, com 371 pontos propícios à exploração sexual de crianças e adolescentes, seguido das regiões norte (333), sudoeste (358) e sul (316).
Os números gerais mostram uma redução de 2,42% no número de pontos em relação ao levantamento anterior (2009/2010), quando foram encontrados 1.820 locais vulneráveis à exploração de crianças e adolescentes. Os locais muito críticos e de alto risco encontrado (1.171) também diminuíram na comparação com a pesquisa realizada, de 2009/2010, que apontou 1.402 pontos nesta situação.
Os pontos vulneráveis são ambientes ou estabelecimentos propícios à exploração, onde os agentes da polícia encontram características como: falta de iluminação, presença de adultos se prostituindo, falta de vigilância privada, aglomeração de veículos em trânsito e consumo de bebida alcoólica. Há locais onde já foram confirmados casos de exploração sexual de menores e outros com indícios ou denúncias.
Os cinco estados que mais apresentam pontos vulneráveis são: Minas Gerais, com 252 pontos; Pará, com 208; Goiás, com 168; Santa Catarina, com 113; e Mato Grosso, com 112 locais considerados vulneráveis à exploração sexual. O estado com menos pontos vulneráveis é o Amapá, onde foram localizados cinco pontos. O mapeamento também revelou que a maioria dos locais vulneráveis à exploração sexual (65,8%) estão concentradas em áreas urbanas.
O mapeamento foi criado há dez anos e visa a ampliação e o fortalecimento das ações de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no território brasileiro, por meio da realização e atualização dos pontos vulneráveis ao longo das rodovias federais no país, objetivando, sobretudo, subsidiar o desenvolvimento de ações preventivas e repressivas, as políticas públicas de assistência social e as políticas públicas coordenadas pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Próximas ações
O mapeamento começará a ser realizado também nas rodovias estaduais. A Childhood Brasil e a Polícia Rodoviária Federal trabalham com a Polícia Militar Rodoviária do Estado de Pernambuco para que a mesma metodologia seja utilizada.
Outro desdobramento da pesquisa refere-se ao fortalecimento das políticas públicas de assistência social nas comunidades próximas aos pontos críticos. Além disso, o mapeamento também ajuda a direcionar a ação e metodologia de funcionamento dos conselhos tutelares e de toda a rede, melhorando o atendimento às vítimas.
Fonte: Childhood Brasil

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