Nos dias 14,15 e 16 de setembro, mulheres acompanhadas pelos Projetos Oblatas de Belo Horizonte (MG) , Salvador (BA) e Juazeiro(BA) se reuniram em Belo Horizonte para partilhar experiências e debater a situação das mulheres que exercem na prostituição nessas cidades.
O encontro aconteceu no Recanto
de Assis, empreendimento da Congregação
das Irmãs Franciscanas Penitentes Recoletinas de Oirschot , e espaço
privilegiado para retiros, eventos ou reuniões,
na região da Pampulha. A equipe que
dirige a Casa e as próprias instalações propiciaram um ambiente confortável e aconchegante.
As diferentes Unidades Oblatas ( Projeto Força Feminina em Salvador,
Pastoral da Mulher de Juazeiro, e Projeto Oblata Diálogos peal Liberdade de BH,
com o apoio do Projeto Antônia de SP0 se esforçaram ao longo do ano por promover
durante este ano a conscientização sobre a defesa dos direitos das mulheres que
exercem a prostituição . Este Encontro teve
por objetivo partilhar as diferentes experiências e reivindicações e iniciar
uma articulação das mulheres dessas Unidades.
A animadora Rose Brincante nos ajudou,
com suas dinâmicas e espirito lúdico, a que a partilha de experiências fosse
mais intensa e, ao mesmo tempo, descontraída. Unindo espiritualidade, música, brincadeiras, reflexões e espiritualidade
, Rose ajudou às participantes a redescobrir a força interior de cada uma, a
dignidade inquebrantável que tem, e a necessidade da união e do cuidado e o respeito por uma mesma e pelas
outras.
Todas elas expuseram a vulneração
de direitos básicos (direito à integridade física, moral, educação, saúde...)
desde os primeiros anos de vida, e a existência
de constantes discriminações e preconceito que sofrem pelo fato de ser profissionais
do sexo. As principais reivindicações que realizaram se referiam à segurança, à
maior higiene e limpeza nos estabelecimentos onde trabalham , à necessidade de serem
respeitadas tanto pelos funcionários dos serviços públicos (Policia, Saúde, etc.)
quanto pelos funcionários dos horteis onde desenvolvem sua atividade.
O dia 16 , já na sede do Projeto
oblata Diálogos pela liberdade, tivemos uma reunião com representantes de
diferentes entidades públicas: Delegacia Especializada da Mulher ( Policia
Civil), Conselho dos Direitos da Mulher, Consorcio das Mulheres das Gerais,
Secretaria dos Direitos Humanos Estadual e Municipal, etc. A sensibilização social
e dos órgãos públicos, assim como a necessidade de realizar uma Audiência
Publica na ALMG sobre este tema foram alguns dos encaminhamentos.
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