sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Quem são os clientes da prostituição?

Ter o que as esposas não se propõem a fazer ou eles mesmos não tem coragem de pedir a elas, estão entre os principais fatores que levam homens casados a procurarem garotas de programa – sejam mulheres ou travestis. Eles são o perfil mais atendido pelas profissionais do sexo que conversaram com o Dourados News. 


“Eu já tive que ‘c...' muito homem”, conta Larissa, 27, que há cinco anos trabalha como garota de programa em Dourados. Ela conta que anda com um aparelho específico na bolsa apenas para essa finalidade. Segundo a profissional, não dá para afirmar categoricamente que esses homens são homossexuais ou se é apenas uma fantasia ter este tipo de relação com uma mulher e não tem coragem de pedir às esposas.

Ela ainda afirma que isso não é generalizado. Muitos procuram as prostitutas porque as esposas não topam fazer coisas que a garota de programa até considera simples, como acender a luz naquele momento a dois, ou ousar na intimidade. Outros também estão em busca das profissionais para ter um caso extraconjugal sem precisar da ‘dor de cabeça’ de manter uma amante.

“As meninas que trabalham com isso não ligam para o cliente, nem retornam ligação. É o cliente quem procura. Ele também sabe que não vamos cumprimenta-lo na rua, por exemplo, estando ou não com a esposa. É essa segurança que procuram”, conta.

Larissa trabalha em boates famosas. Ela também dança e isso atrai muitos homens que ao vê-la, querem fazer o programa. Isso custa mais caro e eles pagam. Um programa com ela chega a custar R$ 400. Seus clientes são em sua maioria homens a partir de 45 anos de idade e casados. Médicos e empresários douradenses, por exemplo, estão na lista dos atendidos.

Entre as travestis que trabalham aguardando pelos clientes na Joaquim Teixeira Alves, rua famosa pelos pontos de prostituição em Dourados, os homens mais maduros e que tem esposa também estão entre os clientes mais assíduos. “Eu atendo todos os perfis, mas a maioria dos que procuram são os casados”, conta Letícia, 22, uma travesti que se considera uma transexual.

Ela acredita que o que leva os clientes à rua procurar por seus serviços é o desejo por algo diferente, que não podem ter dentro de casa. “As pessoas que saem às ruas para procurar uma profissional, eu acredito que seja mais por fantasia sexual mesmo”, conta ela, que cobra entre R$ 80 e 180 pelo programa.

A Travesti sempre atende os clientes em motéis, na casa em que eles moram ou até mesmo no carro. O preço e o que será feito é combinado sempre antes do programa começar.

O NAMORADO DE 77 ANOS

Os casos inusitados povoam a vida das profissionais do sexo e nem todos o Dourados News pode contar em detalhes. Mas, um chamou a atenção por mexer com algo que faz parte do imaginário masculino com o avanço da idade. “Eu já te contei que tive um ‘namorado’ de 77 anos de idade?”, brinca Larissa durante a entrevista.

Ele a procurou por oito vezes. “Eu estou achando que morreu, porque nunca mais me ligou”, acredita a bela morena, jovem e com o corpo “violão” que não intimidou a virilidade do “vovô”. Ela conta que ele nunca precisou tomar as famosas pílulas azuis para encarar o momento. “Sempre foi bem rápido, em dois minutinhos acabava. Mas, ele não tomava nada”, diz a garota. Segundo ela, a maior parte do tempo em que ficavam juntos era destinada à conversa e o cliente gostava de contar histórias sobre sua vida. “A gente ficava deitado um ao lado do outro conversando”, relata.

O “FILHINHO DE PAPAI”

Outro caso que Larissa conta aconteceu numa cidade do interior de São Paulo. O gerente da casa em que ela trabalhava na época pediu para que fosse até um motel, onde já havia uma garota com o cliente: um rapaz muito jovem, do tipo “famosinho” na cidade, filho de família rica, com pais donos de universidade e que tinha uma esposa linda.

Ao entrar no quarto, o luxo tomava conta. Dois andares, piscina, cama convencional ou com colchão d’água. O cliente se dirigiu ao gerente para pagar pelos programas. No rosto um semblante sério e no corpo a lingerie da garota de programa que já estava lá com ele.

O rapaz não transou com qualquer das jovens. “O negócio nem levantava”, conta Larissa. Ele gostava de usar drogas, principalmente cocaína, e apanhar das profissionais vestido com lingeries. Foi para isso que as chamou. “A minha colega batia nele e quando cansava pedia para eu bater. Ela que já o conhecia, quebrava amendoins com o salto e colocava no chão para ele ajoelhar. A gente também teve que colocar com força a cara dele na privada e mexer, coisas assim”, conta.

O cliente não foi agressivo com as moças em qualquer dos momentos, a intenção era que apenas elas fossem agressivas com ele. “Era a primeira vez que eu via algo assim. Eu nunca usei drogas, então aquela noite eu bebi cerveja sem parar. Eu devo ter consumido umas 10 latinhas, uma atrás da outra. Fiquei espantada e achei tudo muito estranho”, conta.


Fonte: http://www.douradosnews.com.br

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