quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O tráfico de seres humanos, “um grande comércio que não para de crescer

O comércio de seres humanos movimenta de 7 mil a 10 milhões de dólares por ano; até 2 milhões de crianças são vítimas da prostituição no comércio sexual mundial; 20,9 milhões de pessoas são vítimas do trabalho forçado, dos quais 55% mulheres e crianças. Estes são alguns dados do relatório do Serviço Jesuíta aos Migrantes (Servicio Jesuita a Migrantes, SJM) da Espanha, elaborado pelo Instituto Universitário das Migrações de Comillas sobre esta problemática, em vista do Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas que se celebra em 30 de julho.

O tráfico ilícito de pessoas está se transformando num “grande comércio que não para de crescer dentro da nova economia global”, observa o relatório do SJM enviado à Agência Fides. Segundo a ONU, o “comércio de seres humanos” envolve pelo menos 4 milhões de pessoas, num valor econômico que pode ser calculado de 7 mil a 10 milhões de dólares. Não obstante a forma de tráfico descoberta seja com maior frequência a exploração sexual (79 por cento), existem outras duas formas de exploração: a exploração do trabalho e o tráfico de órgãos.
 A Organização Internacional das Migrações estima em 500 mil o número de mulheres que entram todos os anos na Europa Ocidental para serem exploradas sexualmente, muitas vezes com falsas promessas de trabalho num país rico, visto que a maioria vem de países em fase de desenvolvimento.
A segunda forma de exploração descoberta com mais frequência é o tráfico para a exploração do trabalho. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o dado global de pessoas vítimas de trabalho forçado atinge a cifra de 20,9 milhões. A exploração ocorre no setor da construção, na agricultura, no setor têxtil, no serviço doméstico, nas empresas de transportes e da mendicidade.

Este tipo de tráfico não é apenas uma violação dos direitos do trabalhador, enquanto suas vítimas são submetidas a condições desumanas de trabalho: horas prolongadas, salários baixos ou inexistentes, locais de trabalho que não respeitam as normas mínimas de higiene nem de segurança, situações de servidão por dívidas. No entanto, conclui o relatório, os casos denunciados continuam sendo poucos, enquanto a exploração sexual das mulheres continua sendo objeto de denúncias mais frequentes, pois este é o tipo de tráfico mais documentado. 
Fonte: Agência Fides 

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