Integrantes da
Pastoral da Mulher de BH, amigas e colegas de A.A., morta no dia 4 de novembro depois de ter sido
esfaqueada no hotel onde trabalhava o passado 30 de outubro, participaram nesta terça (13) da missa do 7º
dia pelo seu falecimento.
A.A., de 64 anos, foi
agredida com golpes de faca no Centro de Belo Horizonte, no interior de um hotel na rua São Paulo e o suspeito não foi
localizado.
A missa foi celebrada na sede da Pastoral, na sala do Cantinho
da Paz, onde as mulheres entraram com cartazes
clamando contra a violência, contra o sistema injusto opressor no qual
vivemos e contra a falta de solidariedade. Momento especialmente
emotivo foi a leitura do evangelho com uma adaptação do texto do bom samaritano (Lc 10, 25-37) à realidade
vivenciada pelas mulheres nos hotéis.
Frei Gilvander presidiu a celebração e nela expôs como o
Deus no qual acreditamos é um Deus profundamente apaixonado pela vida,
especialmente pela vida daquelas que estão sendo desrespeitadas em sua dignidade.
As participantes na celebração partilharam sua indignação e a necessidade de denunciar
os atos violentos que sofrem, assim como o medo
que sentem ante a indiferença e o descaso de autoridades. Como uma das
mulheres exclamou “se não somos solidárias e denunciamos, a violência
crescerá”. A coragem de Maria da Penha, cuja luta deu lugar a uma lei que pretende proteger às mulheres, inspirou algumas
outras falas sobre a necessidade de não temer e ser perseverantes na denuncia.
Do mesmo modo foram insistentes os apelos para permanecer unidas na luta pelos direitos.
As colegas de trabalho de A.A. se revezaram no uso da palavra
fazendo pronunciamentos contra a impunidade dos violentos e exigindo justiça
para mais um caso que simboliza a violência que sofrem as mulheres que estão na
prostituição
Nenhum comentário:
Postar um comentário