quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Celebração contra a violência, em memória da mulher esfaqueada no centro de BH


Integrantes  da Pastoral da Mulher de BH, amigas e colegas de A.A.,  morta no dia 4 de novembro depois de ter sido esfaqueada no hotel onde trabalhava o passado 30 de outubro,   participaram nesta terça (13) da missa do 7º dia pelo seu falecimento.

A.A.,  de 64 anos, foi agredida com golpes de faca no Centro de Belo Horizonte, no interior de um  hotel na rua São Paulo e o suspeito não foi localizado.
A missa foi celebrada na sede da Pastoral, na sala do Cantinho da Paz, onde as mulheres entraram com cartazes  clamando contra a violência, contra o sistema injusto opressor no qual vivemos e contra  a falta  de solidariedade. Momento especialmente emotivo foi a leitura do evangelho com uma adaptação do texto  do bom samaritano (Lc 10, 25-37) à realidade vivenciada pelas mulheres nos hotéis.
Frei Gilvander presidiu a celebração e nela expôs como o Deus no qual acreditamos é um Deus profundamente apaixonado pela vida, especialmente pela vida daquelas que estão sendo desrespeitadas em sua dignidade.
As participantes na celebração partilharam  sua indignação e a necessidade de denunciar os atos violentos que sofrem, assim como o medo  que sentem ante a indiferença e o descaso de autoridades. Como uma das mulheres exclamou “se não somos solidárias e denunciamos, a violência crescerá”. A coragem de Maria da Penha, cuja luta deu  lugar a uma lei que pretende   proteger às mulheres, inspirou algumas outras falas sobre a necessidade de não temer e ser perseverantes na denuncia. Do mesmo modo foram insistentes os apelos para permanecer  unidas na luta pelos direitos. 
As colegas de trabalho de A.A. se revezaram no uso da palavra fazendo pronunciamentos contra a impunidade dos violentos e exigindo justiça para mais um caso que simboliza a violência que sofrem as mulheres que estão na prostituição

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