segunda-feira, 16 de abril de 2012

Projeto na AL estimula o turismo da prostituição infantil em Mato Grosso


Projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa que estimula o turismo da prostituição infantil foi amplamente debatido na manhã desta sexta-feira (13), na Federação dos Pescadores de Mato Grosso. O evento contou com a participação do presidente da Confederação Nacional dos Pescadores, Abraão Lincoln, do Ministério da Pesca e Aquicultura que rebateu a proposta, afirmando ser um retrocesso para o Estado, pois ataca as famílias ribeirinhas.

O projeto de autoria do deputado Zeca Viana (PDT), discutido na reunião, permite ao portador da carteira de pescador amador somente a modalidade de pesque e solte, não sendo conferido o direito à cota de transporte e captura. Segundo Abraão Lincoln, “o projeto anda na contramão, pois os pescadores não ferem o meio ambiente, os ribeirinhos vivem da pesca para sobreviver, basicamente eles serão jogados na sarjeta com a aprovação da lei, por viverem nessa profissão há vida toda”.
Ele citou o exemplo do Estado de Rondônia, onde a pesca esportiva está sendo praticada por turistas estrangeiros que pagam valores exorbitantes às pousadas (detentora do lucro), para praticarem a pesca esportiva e assim conseguirem aliciar as filhas dos moradores locais. “Não estão mostrando o verdadeiro objetivo do projeto de lei e isso é uma realidade triste, temos esse exemplo no Guaporé, onde filhos de moradores estão sendo explorados sexualmente.”
O vereador Pastor Washington (PRB), que não aprova a lei, argumentou em reunião, que o mais importante é qualificar esses pescadores, para que exerçam a profissão com dignidade. “Não somos contra o turismo, mas que seja um turismo saudável e a pesca precisa continuar”. Ele observou que o Estado é rico em água e referencia na produção de alimentos, “então, que os pescadores sejam qualificados na psicultura, por isso, vou implantar  em Cuiabá a Diretoria da Pesca”, sugeriu o vereador.
O presidente da Confederação Nacional dos Pescadores afirmou o Estado está passando por uma situação emergencial, tendo em vista, a degradação das famílias ribeirinhas. “Não podemos silenciar neste caso.”
Participaram da reunião, representantes de colônias de todos os municípios de Mato Grosso.

Fonte: www.24horasnews.com.br

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