quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Portugal: Crise joga mulheres na prostituição

Mães na prostituição para pagar dívidas
"Tem, de facto, aumentado muito o número de mulheres casadas na prostituição, que encontram nesta atividade a última e desesperada saída para o pagamento das suas contas e, quantas vezes, para dar de comer aos filhos", disse ao Correio da Manhã Inês Fontinha, presidente da Associação Ninho, sublinhando que "na esmagadora maioria dos casos, os maridos não sabem que as suas mulheres se prostituem". Segundo Inês Fontinha, em causa está "uma situação terrivelmente preocupante", uma vez que "as novas prostitutas são mulheres de classe média que perderam o emprego e que se encontram atoladas em dívidas".

 
O aumento da prostituição tem-se verificado  sobretudo na rua e nos apartamentos, mas também nos chamados bares de alterne e clubes noturnos, nas maiores cidades do País, como Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra, Aveiro e Braga.
"PARA DAR DE COMER AOS MEUS FILHOS"
Alzira (nome fictício) tem 37 anos, é casada e mãe de três filhos menores. Contabilista de profissão,  tinha uma vivenda e dois carros de alta cilindrada. Em 2008 ficou desempregada, acontecendo o mesmo ao marido, um ano depois. Ficou sem a casa e sem os carros por não conseguir pagar os créditos. A família vive agora num pequeno apartamento, mas, esgotadas todas as ajudas da família e dos amigos, não viu outra saída senão a prostituição. "Vendo-me para dar de comer aos meus filhos" diz, acrescentando que vive "triste, escondida e amargurada".
Fonte: Correio da Manhã







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