quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SERÁ VERDADE?


Programa levará educação e cidadania a 100 mil mulheres de todo o país

Com o objetivo de promover a elevação da escolaridade e a formação profissional de mulheres desfavorecidas de todas as regiões do país, foi lançado na passada quinta-feira, 11, o programa Mulheres Mil. Executado em parceria pelos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelas secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres, pretende atender 100 mil mulheres até 2014.

“Todos os cidadãos têm direito à saúde e à educação, e nós temos uma prioridade que é a superação da miséria e da extrema pobreza”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. “O governo Dilma Rousseff dá mais um passo decisivo para o cumprimento do compromisso de enfrentamento da miséria e da pobreza extrema”, completou a ministra chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes.

O programa é estruturado nos eixos educação, cidadania e desenvolvimento sustentável, utilizando metodologia desenvolvida para acolher mulheres em contextos de vulnerabilidade social. Funciona a partir da oferta de cursos de formação personalizados, que trazem em seus programas temáticas como direitos e saúde da mulher, relações interpessoais, inclusão digital.

A experiência foi testada com êxito em 13 estados brasileiros a partir de 2007. Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia deverão implantar, ainda em 2011, cem novos núcleos do programa em todo o território nacional. São previstas 100 matrículas anuais. Este ano, deverão ser formadas 10 mil mulheres.


O Mulheres Mil foi implantado em parceria com universidades (colleges) canadenses, com o objetivo de oferecer as bases de uma política social de inclusão e gênero. Com este programa, mulheres em situação de vulnerabilidade social têm acesso à educação profissional, ao emprego e renda. Os projetos locais são ordenados de acordo com as necessidades da comunidade e segundo a vocação econômica regional.

As beneficiárias do programa são mães solteiras, ou chefes de família, que não tiveram oportunidade de estudar e nem de ser inseridas no mercado formal. Em algumas instituições, chega a 80% o índice de beneficiárias empregadas após participar do projeto piloto. Este é o caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão.

“Da nossa primeira turma, 21 alunas fizeram estágio e 17 delas foram efetivadas. É um trabalho de formiguinha, a gente vai e procura bares, restaurantes e hotéis e apresenta o projeto para eles”, conta Maria Tereza Fabbro, gestora do programa no estado.

Maria Rosilda Costa Castro, 38, foi uma das 89 alunas do projeto piloto do Instituto Federal do Maranhão que ingressou no mercado de trabalho. Ela, que agora é empreendedora individual, conta que fazia bolos e salgados para festas de parentes e amigos apenas e, com o programa, isso mudou.

“A minha vida mudou, desde como divulgar e negociar. Eu queria mostrar meu trabalho, mas tinha vergonha de expor. Fazia bolos e salgados só nas festas de casa”, diz Rosilda. “Foi um incentivo para não me acomodar e querer ter uma vida melhor”, ressalta.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009 mostram que, entre 2001 e 2009, o percentual de famílias chefiadas por mulheres aumentou de 27% para 35%, o que representa 22 milhões de famílias. Além disso, 73% das esposas ganham menos que o cônjuge, sendo que mais de 37% delas recebem até 50% dos rendimentos do marido. Além disso, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), em 2007, dos mais de 9 milhões de trabalhadores à procura de emprego, apenas 1,6 milhão possuíam experiência e qualificação profissional.
Fonte: www.portal.mec.gov.br

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