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gravada em celular de um dos alunos que frequentavam as sessões de orgia, droga
e sexo após as aulas
O desaparecimento de duas adolescentes, de iniciais
"N" e "V", ambas com apenas 12 anos de idade, estudantes da
Escola Iolanda Raulino, no bairro Poty Velho, na zona Norte de Teresina,
revelou um esquema de prostituição comandado pelo tráfico de drogas em vários
bairros da periferia da capital.
As mães desesperadas com o desaparecimento das
filhas registraram boletins de ocorrências na Delegacia de Proteção à Criança e
ao Adolescente (DPCA) e no 7º Distrito Policial. Equipes do Ronda Cidadão,
localizaram primeiro a menor de inicial N. A menina havia sumido de casa há
dois dias.
À mãe, ela contou que pegou um taxi e junto com a amiga
foram para uma casa no bairro Satélite, onde o dono da casa era conhecido de V.
Lá, consumiram crack. Ela revelou que fez um programa de R$ 20,00 com um homem,
no Parque Brasil, na região da Santa Maria da Codipi.
As meninas, de 12 a 14 anos, eram orientadas pelos
traficantes a fugir da escola durante o horário das aulas, o que impedia os
pais de perceberem a ausência das filhas. Da escola, elas eram levadas de taxi
para as casas dos traficantes e cafetões, onde eram iludidas com presentes
- roupas, calçados, perfimes, óculos,
celulares e drogas, principalmente crack
e cocaína e crack. As adolescentes passavam a se prostituir, recebendo de R$ 20
a R$ 100 por programa. O resto era dividido pelos exploradores.
Chocada, a mãe de N, revelou à polícia que a filha confirmou
que os cafetões pretendiam explorá-la como prostituta, inclusive fazendo ponto
na noite. Eles chegaram a agredi-la e ameaçá-la.
Já a menor V só voltou para casa após quatro dias desaparecida.
Levada à DPCA nesta segunda-feira (31), a menina vai fazer exames ginecológicos
na Maternidade Evangelina Rosa para comprovar se houve ou não o abuso e se ele
foi contaminada com alhguma DST (doença sexualmente transmissível). O resultado dos exames sai na quarta-feira
(2/4).
Fonte : Piauí Hoje
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