terça-feira, 29 de abril de 2014

Crise promove curso intensivo para ser prostituta

A crise europeia contribuiu para o crescimento da prostituiçãoO curso intensivo “Prostitución: Nociones básicas para la profesionalización” é oferecido pela Asociación de Profesionales del Sexo (Aprosex), ONG com sede em Barcelona, Espanha, e tem duração de 4 horas. 

As participantes fazem um investimento de 45 euros, cerca de 150 reais, e têm direito a participar de aulas e debates sobre os inconvenientes da profissão, truques no sexo, introdução aos preconceitos e profissionalização, marketing e até dicas para criar uma poupança e economizar.
A crise europeia contribuiu para o crescimento da prostituição, isso porque as pessoas desempregadas enxergaram na profissão, regulamentada na Espanha desde 1995, uma forma de ganhar dinheiro. Mesmo com esse cenário, grupos feministas e conservadores atacaram a Aprosex alegando ser da associação a culpa de a profissão estar se desenvolvendo no país.

Conxa Borrel, presidente da Aprosex, confirmou que são, na maioria, mulheres jovens, entre os 18 e os 23 anos, aquelas que têm optado pela prostituição, sobretudo ao não encontrarem saída profissional ou outra forma de pagar as despesas da universidade. A somar a esta faixa etária, mulheres desempregadas com mais de 50 anos recorrem também à prostituição. O curso intensivo tem o nome "Prostituição: noções básicas para a profissionalização" e contará com o apoio de uma psicóloga clínica. A inicativa justifica-se pelo fato de "ser prostituta não ser algo vocacional. Contudo, quando se toma essa decisão, é necessário saber umas quantas coisas para que não se sintam perdidas, como aconteceu comigo no início", explicou Conxa Borrell, presidente da associação e prostituta de luxo. O curso realiza-se no próximo sábado, em Barcelona.



Curso ensina técnicas a prostitutas

Conxa Borrell justifica a criação do curso dizendo que todos os profissionais precisam de treinamento, e não há ninguém melhor do que prostitutas experientes para oferecê-lo. “Nem psicólogos, antropólogos ou cientistas políticos, só prostitutas”, afirma. A procura pelas aulas foi tão grande na primeira turma, que para a próxima a carga horária deve dobrar.
O objetivo da iniciativa pretende ajudar as mulheres a superar todas as dificuldades iniciais. Sejam elas relacionadas com a sexualidade, saúde ou finanças. Durante a formação, as mulheres vão aprender a refletir sobre a necessidade de tratar bem os clientes ou não mentir nos anúncios sobre a sua fisionomia.

Fonte: www.correio24horas.com.br

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