sexta-feira, 27 de setembro de 2013

MP denuncia 13 envolvidos em esquema de prostituição que oferecia "cardápio de mulheres"

A quadrilha que oferecia mais de 50 mulheres para programas em BH e interior vai responder por favorecimento da prostituição, rufianismo, entre outros crimes. Eles podem ser condenados a pagar indenização civil da sociedade por dano material coletivo.


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou à Justiça 13 treze pessoas acusadas de associação em quadrilha para prática de exploração sexual em cidades de Minas Gerais. O grupo comandava um esquema de prostituição em que mais de 50 mulheres eram oferecidas em oito sites na internet em “cardápios”. O casal Sérgio Marques Geraldo, 41 anos, e Eva Maria Barbosa, 38 anos, eram líderes do bando e mantinham um escritório de fachada no Bairro Prado e um scoth bar no Alto Barroca, Região Oeste de Belo Horizonte. O serviço também era oferecido no interior do estado.

No último dia 6, a Polícia Civil prendeu Sérgio, Eva e outras seis pessoas que trabalhavam nas duas unidades do “negócio”. O cliente entrava nas páginas de anúncio na internet, escolhia a mulher e ligava para o telefone indicado.

A organização tinha vários chips de celulares distribuídos nos anúncios de mulheres, mas todos eram atendidos no escritório do Bairro Prado. As atendentes negociavam valores e dois motoristas levavam as mulheres ao local escolhido pelos clientes ou para o Bambu Luar Scoth Bar, de propriedade de Sérgio e Eva. O registro do bar era de fachada, como clínica de estética. No imóvel, havia cinco quartos onde aconteciam os programas combinados por telefone.

Durante operação policial na casa dos acusados e nos escritórios foram apreendidos computadores, 300 aparelhos celulares, R$ 2,4 mil em dinheiro, notas de euro e peso argentino, 10 passaportes, um Range Rover Evoque e uma BMW X5, além de livros caixa e folhas de pagamentos dos funcionários.

Lucro

Os programas custavam em média R$ 250 para uma hora e meia, na capital, e R$ 350 no interior. Os líderes da quadrilha embolsavam 60% do valor cobrado, enquanto o restante era repassado à garota explorada. Algumas das mulheres eram aliciadas também no Recife. Segundo o MPMG, em várias interceptações telefônicas foi possível identificar um deles informando preços e horários de funcionamento dos serviços oferecidos no scotch bar. A mesma pessoa, em outra gravação, chega a anunciar que estaria abrindo um novo site de agenciamento em Maceió.

Denúncia

Além da prática dos crimes de favorecimento da prostituição, manutenção de casa de prostituição e rufianismo (tirar proveito da prostituição), o MPMG acusa os dois chefes da quadrilha de ocultar e dissimular, de forma reiterada, a natureza, a origem e a movimentação dos valores provenientes do “negócio”.

O MPMG ainda pede a condenação de todos os acusados à suspensão dos direitos políticos, à indenização civil da sociedade por dano material coletivo e à perda de computadores, celulares e veículos utilizados na prática dos crimes. A Justiça também deverá analisar o pedido de afastamento do sigilo fiscal e de quebra do sigilo bancário dos líderes da quadrilha.

Fonte: (Luana Cruz) Estado de Minas

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