sexta-feira, 14 de junho de 2013

Siga em frente com coragem

Encare a vida como uma montanha russa: Ou você se segura e fecha os olhos com medo de cair, ou levanta as mãos e curte o momento. 

O mestre budista Chögyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar, mais do que de adormecer. A capacidade de continuar nos ajuda a perceber que nenhum problema é sem saída. Seguir adiante significa não nos deixarmos estagnar pela inércia, pelo medo ou pela irritação.
A melhor maneira de nos libertarmos do passado é fazer as pazes conosco mesmos no momento presente. Fazer as pazes com quaisquer lembranças ou sentimentos que possam surgir. De forma que, aos poucos, não seremos mais aprisionados por essas recordações.

Coragem é a habilidade de mover-se para o futuro, sem olhar para trás: desapegar-se do passado.

Coragem para seguir em frente e realizar nossa vocação

Ao descobrir nossa vocação, surge em nós, simultaneamente, um profundo sentimento de coragem. Sentimo-nos muito próximos de nós mesmos quando compreendemos uma verdade interna que não pode mais ser negada. Conseqüentemente, nós nos comprometemos com a idéia de abandonar tudo aquilo que nos impedia de ir na direção de nosso destino.
“Ir de encontro ao destino é realizar plenamente o potencial que está desde sempre em nós. É como ouvir um chamado e responder a ele. Ou desabrochar todas as nossas potencialidades e seguir uma vocação. E estranhamente, o mundo costuma nos corresponder quando fazemos assim. Uma das formas de saber que se está no bom caminho e que estamos fazendo aquilo para o qual nascemos é que o mundo nos abre as portas".
Joseph Campbell nos dá uma ótima dica de como descobrir nossa vocação em seu livro Reflexões sobre a Arte de Viver “Quando Jung decidiu tentar descobrir o mito segundo o qual estava vivendo, ele se perguntou, ‘De que brincadeiras eu gostava quando era criança?’ Sua resposta foi: fazer pequenas cidades e ruas com pedras. Assim, ele comprou um terreno e, à guisa de distração, começou a construir uma casa. Deu um trabalho imenso, absolutamente desnecessário, pois ele já possuía uma casa, mas foi um modo apropriado de criar um espaço sagrado. Foi pura diversão. O que você fez, quando criança, que criasse a sensação de atemporalidade, que fizesse com que você se esquecesse do tempo? É aí que está o mito pelo qual você deve viver".
Todos nós precisamos conhecer nossa vocação: o que temos de particular para oferecer ao mundo. Não seguir nossa vocação representa um problema tanto para nós quanto para os outros, pois, quando nos entregamos à inércia da vida, nos tornamos também um peso para aqueles que estão à nossa volta.
Jean Yves Leloup, em seu livro Caminhos da Realização, Ed. Vozes analisa como a história de Jonas e a baleia, contada no Antigo Testamento da Bíblia, pode nos ensinar sobre os medos e resistências com os quais nos deparamos na busca por nossa vocação.
Deus ordena a Jonas que vá para a violenta cidade de Nínive pregar a Sua palavra. Jonas, no entanto, o desobedece e toma um barco para Társis, cidade de veraneio. Sobrevém uma forte tempestade. Os marinheiros jogam ao mar toda a carga do barco para evitar que ele naufrague. No entanto, o mar continua incrivelmente agitado e o perigo de um naufrágio permanece iminente. O capitão decide então procurar Jonas que havia descido para o porão e ao encontrá-lo deitado, dormindo um sono profundo, lhe diz: “Como podes dormir tão profundamente? Como podes dormir no meio deste desespero que nos faz sucumbir? Levanta-te, desperta, invoca teu Deus. Talvez este teu Deus possa nos ouvir, talvez que, com este teu Deus, não pereçamos". Enquanto isso, ao jogarem dados, os marinheiros preocupados identificam Jonas como o causador daquela perturbação. Ele por fim confessa ter desobedecido a Deus, e pede que lhe joguem ao mar. A tempestade então cessa. Ao ser lançado ao mar, Jonas é engolido por uma baleia dentro da qual passa três dias até se arrepender e pedir a Deus que lhe dê uma segunda chance. Assim, ele é expelido da baleia e finalmente segue para Nínive.

“Portanto Jonas, num primeiro momento, é o arquétipo do homem deitado, adormecido, do homem que não quer se levantar e não quer cumprir missão alguma. É o arquétipo do homem que foge, que foge da sua identidade, que foge da sua palavra interior, que foge desta presença do Self no interior do Eu. Esta fuga de sua voz interior vai provocar um certo número de problemas no exterior dele mesmo". Aquele que se recusa a conhecer a si mesmo e não segue os seus desejos mais profundos, acarreta problemas para os outros!

Em um segundo momento, quando Jonas dentro da baleia decide retomar seu caminho, ele não teme mais nada. Como escreve Jean Yves Leloup: “Há momentos que não podemos mais nos mentir, nos contarmos estórias. Nós somos obrigados a sermos autênticos, não podemos mais fugir. O arquétipo de Jonas é também um convite para que mergulhemos na profundeza de nosso inconsciente, para passarmos através destas sombras, para mergulharmos na nossa própria experiência da morte, aceitarmos que nosso ser é mortal, para descobrirmos, em nós, o que não morre".


Se decidirmos nos tornar alguém que se dedica com todo o coração a utilizar a vida para despertar, temos que superar a dificuldade de lidar com o desconforto das mudanças.

Quando nos conscientizamos de que estamos resistentes em aceitar uma mudança iminente, é útil nos perguntar: “O que é preciso morrer agora dentro de mim, para nascer nesta nova fase com força e confiança?” Uma resposta é certa: nossas mágoas.

Carregar mágoas nos faz sentir cansados e sem vontade de iniciar novos projetos. Elas revelam o quanto estamos estagnados por limitações internas e externas. Ficar presos a elas consome nossa energia vital.

Cada vez que formos capazes de interiorizar e escutar nosso medo estaremos amadurecendo nosso potencial de coragem. Ao reconhecer o medo, diga a si mesmo: “Eu já te conheço, sei para onde você me leva, não quero mais te seguir”. Concentre-se, então, na sua intenção de expressar sua vocação. E finalmente lembre-se: nem tudo que é aflitivo acontece - noventa por cento de nossos medos são hábitos, idéias pré-concebidas. Mova-se para o futuro, confie nele!


Texto extraído do “O livro das Emoções - Reflexões inspiradas na Psicologia do Budismo Tibetano” de Bel César, Ed. Gaia.


EXPERIMENTE A CORAGEM DE JESUS!

A Sua foi uma vida de constantes desafios. Em luta contínua em favor do Bem, jamais deixou de agir corretamente. Viveu e agiu com firmeza, fora de subterfúgios, mantendo um só comportamento; Apoia-te n'Ele, busca-O. Tem coragem de viver!  

O apóstolo Paulo escreveu: “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de bom juízo.” (2 Timóteo 1:7)

O que te causa medo na vida? Seja o que for Jesus Cristo é aquele que remove o nosso medo e nos dá coragem para prosseguir. Pois como Paulo escreveu:


"Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor". Romanos 8.38-39

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