quarta-feira, 12 de junho de 2013

Continua a polêmica sobre a Campanha de prevenção à aids vetada e depois modificada pelo Ministério da Saúde.

Reproduzimos a seguir alguns artigos desde diferentes pontos de vista sobre este tema. O governo retirou do ar peças que tratam de felicidade (com dizeres "Sou feliz sendo prostituta"), de cidadania (com slogan "O sonho maior é que a sociedade nos veja como cidadãs") e da luta contra a violência ("Não aceitar as pessoas da forma que elas são é uma violência"), deixando apenas as que associam prevenção com camisinha.



A felicidade da prostituta incomoda muita gente

por Milton Jung

Das missas na Igreja do Menino Deus, em Porto Alegre, lembro de algumas passagens. As homilias realísticas do padre Tarcísio de Nadal eram provocantes, pois falava coisa que padre não costumava falar naquela época. Era final dos anos 1970, início dos 1980. Cutucava as carolas que sentavam na primeira fila de bancos da Igreja e lembrava que não bastava estarem presentes com roupa recatada e oração decorada se, ao saírem pela porta, cuspiam no chão diante de uma prostituta, na avenida Getúlio Vargas. Aquelas mulheres, referia-se as moças que faziam ponto mais à frente, têm de ser respeitadas como qualquer outra. Católicos não poderiam se dar ao direito de discriminar seres humanos, aprendi das suas falas.

Muita coisa mudou desde as domingueiras na Igreja, nem todas para melhor. Desde a semana passada, a imagem de uma prostituta gaúcha, que soube depois faz ponto na praça da Alfândega, a 20 minutos do Menino Deus, derrubou um diretor do Ministério da Saúde, constrangeu o Ministro e expôs o lado mais conservador da sociedade (e de colegas meus, também). A peça, você já deve ter lido sobre isso, foi criada em oficina que reuniu profissionais do sexo, como costumam dizer por aí, e buscava melhorar a autoestima destas mulheres, chamar atenção para o respeito que merecem e os cuidados que devem ter com doenças sexualmente transmissíveis.

O que pegou mesmo foi a frase usada em um dos cartazes: “Eu sou feliz sendo prostituta”. Que direito aquela mulher, olhando no meu olho, tinha de jogar na minha cara a felicidade dela? Este sentimento que muitos de nós não somos capazes de alcançar com a realização do nosso trabalho ou em meio a nossa família. Imagine ela, desrepeitada, cuspida – para lembrar as carolas do padre Tarcísio – e esquecida pela sociedade. Jamais poderia ser feliz. Uma falta de respeito desta senhora. Pensaram muitos.

Imediatamente, todos saíram a falar sobre o assunto e criticar o comportamento do Ministério da Saúde, que pressionado recuou da iniciativa, cancelou a campanha que circularia nas redes sociais, defenestrou o diretor do Departamento de Doenças Sexuais Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do ministério, Dirceu Greco, e jogou fora a boa oportunidade de avançar nas políticas públicas para as populações mais vulneráveis. Deve imaginar que assim o problema da prostituição esteja resolvido.

No fim de semana, descobre-se que, sim, é possível ser prostituta e feliz, assim como ser jornalista, engenheiro, arquiteto, ou seja lá qual for a profissão que você escolheu, e ser feliz. A modelo do cartaz, Nilce Machado, de 53 anos, foi ouvida por Elder Ogliari, do caderno Aliás, do Estadão, e disse com todas as letras: “sou prostituta e feliz porque adquiri muito conhecimento, é na profissão que consigo ajudar minhas colegas, ganho meu dinheiro, não tenho patrão, faço meu horário, tenho minha liberdade, cuido da minha saúde … além disso, tenho uma bela família que me aceita como sou, prostituta e feliz”. Coisas que muitos de nós não conquistamos até hoje. Por digna que é, teve mais coragem do que o ministro Alexandre Padilha. Além de falar do tema abertamente e não se esconder nas esquinas, anunciou seu descontentamento com a decisão do Governo Federal, disse que ficou aborrecida e não está mais disponível para campanhas no ministério.

Nas redes sociais, garotas de programa também criticaram a postura do governo. Monique Prada, por sinal tão gaúcha como Nice, e como as carolas do padre Tarcísio, lembrou, no Twitter, que a campanha “não tratava apenas de prevenção de DSTs, mas também da cidadania da prostituta”. Em outro texto, defendeu a legitimação da prostituição, acompanhada de cuidados especializados com saúde, diminuição do preconceito e garantia de diversos outros direitos: “a prostituição em si não fere a dignidade humana. As condições em que algumas colegas exercem sua atividade, sim”.

Ou seja, aqueles que não conhecem a situação das prostitutas, não convivem com elas, ou convivem como clientes sem respeitá-las, se apressaram em dizer que não é possível ser feliz assim. As prostitutas, discordam.

Saudades do Padre Tarcísio!




No país em que muitos intelectuais se comportam como prostitutas,...
Por Reinaldo Azevedo

No país em que muitos intelectuais se comportam como prostitutas, seria fatal que prostitutas se comportassem como intelectuais. Ou: O declínio do que não chegou ao esplendor

No país em que se multiplicam intelectuais que se comportam como prostitutas e prostitutos, era questão de tempo que as prostitutas reivindicassem a condição de intelectuais. Não que, em muitos casos, a comparação não lhes seja realmente vantajosa e não possam produzir um saber que, vá lá, consegue ser ao menos mais prazeroso do que o rame-rame e o vai e vem de mera exaltação e justificação do poder em que se transformaram muitos setores da academia no Brasil. Vamos convir, não é? Receber dinheiro público — ou de estatais — para “pensar” e “produzir pesquisa” a serviço de um partido só é coisa diferente de cobrar para fazer gostoso porque é pior. A prostituta, ao menos no seu formato original — não me refiro às que passaram a falar como pós-doutorandas (já chego lá) —, tem o diferencial positivo da sinceridade. Não disfarça o que faz, não busca maquiar a natureza do seu trabalho. Já os que recebem capilé público para aplaudir o poder de turno tentam transformar a prostituição intelectual numa manifestação de resistência.

Leio no Globo um troço realmente espetacular. Reproduzo trecho em vermelho. Volto em seguida.

Quatro Prostitutas que participaram da campanha de prevenção à Aids com a frase “Sou feliz sendo prostituta”, que acabou sendo retirada do ar, vão enviar notificação extrajudicial ao Ministério da Saúde, na quarta-feira, conforme informou a coluna do Ancelmo Gois nesta terça-feira. Por meio do documento, elas pedem a revogação da autorização de uso de imagem e exigem a imediata suspensão das outras peças publicitárias em que aparecem.

As prostitutas da campanha argumentam “radical mudança” na campanha original, que deixou de privilegiar “o enfrentamento do estigma e preconceitos como estratégia de prevenção às DST e Aids” para focar-se apenas no incentivo ao uso da camisinha, tornando-se “higienizada e descontextualizada”.

“A proposta era reafirmar o entendimento, já consolidado técnica e politicamente, de que, para além das questões e informações biomédicas, o gozo de direitos básicos, autoestima e cidadania constitui condição imprescindível para a promoção da saúde, especialmente em grupos considerados sob maior vulnerabilidade social em razão do estigma, preconceito e discriminação social”, diz a notificação, elaborada pela Rede Brasileira de Prostitutas.

Segundo a ONG Beijo da Rua, o Ministério da Saúde retirou do ar peças que tratam de felicidade (“sou feliz sendo prostituta”), de cidadania (“o sonho maior é que a sociedade nos veja como cidadãs) e da luta contra a violência (“não aceitar as pessoas da forma que elas são é uma violência”), deixando apenas as que associam prevenção com camisinha.(…)

Voltei

Bem, prostituta que fala e argumenta desse jeito tem de estar dando aula na universidade, dedicando-se a conquistar clientes ideológicos, não é mesmo? Entendi. Campanhas de prevenção à AIDS não podem ser “higienizadas”… Claro, claro! “Estão falando de higienismo social, Reinaldo Azevedo…” Sim, sim, suponho que seja isso. Mas não deixa ter a sua graça mesmo assim.

Vejam bem: eu tenho uma visão, vamos dizer, “progressista” sobre esse tema. Existem casos, especialmente nos rincões do Brasil, de mulheres que foram levadas à prostituição ainda meninas por familiares. Não tenho números, mas não creio que seja a regra. A prostituição, no mais das vezes, é uma escolha mesmo. O antigo feminismo gostava de acreditar que ninguém faz isso por gosto. Faz! Tio Rei veio da pobreza. Havia as mulheres pobres, a maioria, que iam trabalhar nas fábricas, fazer faxina, vender cocada, e havia aquelas que decidiram fazer a felicidade da molecada e dos casados insatisfeitos. Era por gosto mesmo, não por determinação social ou da natureza. Assim como a pobreza, em regra, não faz o marginal, também não faz a prostituta.

Mas o determinismo social é coisa da velha sociologia, que ainda tinha duas patas no marxismo e duas no falso cristianismo da Escatologia da Libertação. O mundo mudou. O pós-marxismo vive a era da afirmação das identidades, da expressão do “eu-enquanto-isso-e-aquilo”. Ainda que os “mudernos” flertem com a ideia de que, na origem, a prostituição não é uma escolha (o Brasil é viciado numa história triste…), mudam a perspectiva: transformam a prostituição numa escolha ética mesmo, num modo de relacionamento social que não é apenas aceitável; é mais do que isso: ele seria portador de um saber não convencional que teria lições a dar à detestável sociedade conservadora. Nessa perspectiva, vista com maus olhos é a mulher pobre que decidiu, sei lá, lutar para superar a pobreza ou que venceu neste mundo cão. Esta seria não mais do que a “classe média” que Marilena Chaui odeia, entenderam?

Compreendam: não estamos mais diante do antigo paradigma da puta que é, no fundo, uma santa — o mito de Maria Madalena está aí (embora seja preciso fazer uma observação a respeito, já, já) — ou que exerce uma função redentora, de controle social. Leiam, a propósito, “Amar, Verbo Intransitivo”, de Mário de Andrade. Maria Madalena, a propósito, se arrepende e muda de vida; na perspectiva da sociologia prostituinte, não há arrependimento, mas transformação da atividade numa nova economia política.

E isso não se dá apenas com a prostituição, não! Os teóricos dos, por assim dizer, atos viciosos decidiram ocupar a cena para anunciar ao mundo que errados estão aqueles que, inseridos no mundo da produção — essa gente que faz a sociedade funcionar —, não compreendem a particularíssima abordagem, então, das prostitutas, dos consumidores de drogas, dos traficantes, dos que que saem por aí depredando prédios públicos, dos que resolvem submeter instituições a rituais de constrangimento e humilhação. São esses os heróis da modernidade.

O curioso é que a sociedade “careta” e “retrógrada”, a tal classe média que Marilena Chaui odeia, continua a ser a aquela que paga a conta de todas as generosidades que se cobram do estado, não é? Se alguns milhares, quem sabe milhões, decidiram enfiar o pé na jaca e consumir drogas, a conta ainda será distribuída entre aqueles que, sem consumir nada, se dedicam a trabalhar e a arrecadar recursos para o Fisco. Se milhares, quem sabe milhões, decidiram fazer sexo sem proteção, também essa conta será enviada àqueles reacionários, acusados de especialistas no papai-e-mamãe.

O declínio sem auge
Vocês assistiram ao filme “O Declínio do Império Americano”, dirigido pelo canadense Denys Arcand? Há uma cena em que uma prostituta masturba o seu cliente — um professor metido a pensador pós-moderno — enquanto faz uma longa arenga, muito douta, muito sábia, plena de saberes alternativos, sobre a crise do ano 1000… Ela não para nem mesmo quando ele avisa que, como diriam os portugueses, está “a vir-se”.

Essa história da notificação extrajudicial é uma evidência, sim, da nossa decadência. A única coisa chata é que a decadência colhe o país antes da chegada ao esplendor.

Fonte: Revista Veja

A relativa felicidade de prostitutas em campanha antiaids

por Fabiana Frayssinet, da IPS

“Sou feliz sendo prostituta”, dizia o cartaz censurado da campanha de prevenção da aids. Foto: Beijo da Rua
Rio de Janeiro, Brasil, 12/6/2013 – A felicidade tem sido fonte de eternas discussões filosóficas. Agora, o debate chegou a uma campanha de prevenção à aids dirigida a prostitutas no Brasil, que levou à demissão de seus responsáveis e propôs outro debate: qual é o limite da participação popular na definição das políticas públicas? “Isso é apologia da prostituição”, se escandalizaram setores conservadores antes que a campanha do Ministério da Saúde começasse a ser veiculada.

Entretanto, no contexto de uma estratégia contra a aids, a frase “Sou feliz sendo prostituta” surgiu de debates nacionais com suas protagonistas. “Falava da dignidade de nossa profissão. Retirar essa frase é uma violação de nossos direitos. Sobretudo pelo estigma social que sofremos”, afirmou Leila Barreto, do Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará.

A campanha, do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatite, provocou a demissão de seu diretor, Dirceu Greco, e a renúncia de dois subdiretores. “Foi uma grande decepção”, reconheceu Leila à IPS. “Quanto mais fortalecidas, menos vulneráveis seremos à infecção. A não ser que a sociedade diga: estas mulheres não existem. Mas existem e contribuem para a sociedade com seu trabalho”, ressaltou.

A campanha, que não foi autorizada pela assessoria de comunicação do Ministério, incluía outros depoimentos como “nosso maior sonho é que a sociedade nos veja como cidadãs”. A campanha chegou a ser divulgada apenas pela internet no dia 2, Dia Internacional da Prostituta, antes de ser cancelada. A nova versão retomou seu eixo: “Orientar as profissionais do sexo sobre a importância de usar preservativos” e estimulá-las a buscar prevenção em hospitais públicos. “Prostituta que se cuida usa camisinha”, destaca a nova campanha, que busca “reforçar a tolerância” e “eliminar” preconceitos.

No Brasil, a aids se concentra em grandes cidades, onde há a maior proporção de grupos expostos, com índices de prevalência de 5,9% entre consumidores de drogas, 10,5% em “homens que fazem sexo com outros homens”, e de 4,9% em “mulheres profissionais do sexo”. A cada ano é registrada uma média de 37 mil novos casos em um país onde se estima que 530 mil pessoas tenham o vírus HIV, causador da aids, 150 mil delas sem saber disso.

“Estas medidas de prevenção valem para qualquer pessoa, independente de sua condição de estar feliz ou triste. Não cabe ao Ministério da Saúde fazer avaliações sobre a condição individual de cada pessoa”, diz um comunicado dessa pasta. Alguns alertam para um “retrocesso” na estratégia brasileira, considerada como uma das mais ousadas e efetivas em nível mundial.

“O Brasil ensinou ao mundo, com sua concepção de prevenção da aids, de que populações vulneráveis e historicamente excluídas, como homossexuais, prostitutas, viciados em drogas, são cidadãos e cidadãs que têm direitos e que esse é o lugar a partir do qual se deve falar da prevenção”, apontou à IPS o argentino Agustín Rojo, especialista em comunicação e HIV, e sociólogo, que coordenou na Argentina políticas oficiais de comunicação sobre a aids e outras infecções de transmissão sexual.

Entretanto, em um país onde as igrejas evangélicas têm um grande peso político, “corre-se o risco de ‘matar’ o programa, misturando religião com saúde coletiva”, alertou George Gouveia, do Grupo pela Vida. O risco já existe para Greco, que atribuiu sua demissão a desacordos “na condução de uma política de direitos humanos e valorização de populações em situação de maior vulnerabilidade”, por seu conflito com “a política conservadora do atual governo”.

Também mencionou outros casos emblemáticos, como a proibição de um vídeo no carnaval mostrando uma relação entre dois homens e uma historieta escolar sobre homofobia e sexualidade. “Não podem nos tratar como se estivéssemos dentro do armário. Se não nos fazem visíveis, continuaremos nos sentindo mutilados em nossos direitos”, disse à IPS o presidente do grupo gay Arco-Íris, Júlio Moreira.

Para Rojo, a questão é que o Estado “dê voz e visibilidade a setores discriminados”, mas para “que a sociedade primeiro os reconheça e depois os escute, não para que o Estado faça suas todas e cada uma de suas posições”. “Quando uma mulher que recebe dinheiro em troca de sexo afirma publicamente se sentir feliz expressa mais do que um sentimento individual. Para ser claro, fixa uma posição política”, destacou.

Um exemplo é o debate entre “as que defendem sua condição de trabalhadoras sexuais e aquelas que se assumem como mulheres em situação de prostituição”, explicou Rojo. Neste caso, afirmou, “ser feliz” com uma atividade, ou mesmo estar “orgulhoso” de uma orientação sexual, faz parte de uma legítima reivindicação setorial. Mas a frase “não pode ser mecanicamente transportada para uma campanha estatal de massa, porque não será facilmente interpretada por todos. O Estado não é ninguém para dizer não seja feliz, mas tampouco tem de aplaudir ou deixar de aplaudir essa escolha”, enfatizou.

“Por outro lado, se um cidadão, seja um travesti, uma prostituta ou um viciado em drogas, não tem condições de cuidar de si mesmo ou não sabe como fazê-lo, ou a quem recorrer, esse sim é um problema do Estado, seja prostituta ou dona de casa, homossexual ou heterossexual”, ressaltou o sociólogo. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, expressou o mesmo sentimento. “Respeito as entidades e os movimentos que querem passar essa mensagem (ser feliz), mas esse é seu papel”, afirmou. Agora a discussão gira sobre o alcance de um discurso, que convoca à participação social, dentro da política real.

“Fazer uma campanha para gays, prostitutas ou presos já é um reconhecimento e uma dignificação dessas pessoas”, observou Rojo. “Isso é enfrentar o estigma do alto do poder, com a mensagem de que ‘não atendo apenas os ricos heterossexuais, mas também os pobres gays, prostitutas, transexuais, etc.’, porque para mim são iguais”, opinou.

“Ao selecionar apenas uma determinada mensagem entre as construídas nos painéis, o governo rechaça o conceito de igualdade, por negar às prostitutas o direito de expressarem seus sonhos e ideias, de cidadania e afirmação de identidade e visibilidade social”, argumentou Gabriela Leite, da organização de prostitutas Da Vida. considerou “arrogante” o fato de ‘não crer que uma prostituta possa ser feliz”.

Um perfil da prostituta brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, contribui para quantificar essa felicidade relativa. A maioria tem entre 20 e 29 anos, curso primário incompleto e estão orgulhosas de manterem seus filhos, não sofrem discriminação na saúde pública, gostam da liberdade que lhes dá seu trabalho e consideram sua atividade mais rentável do que outras. Por outro lado, se sentem humilhadas e discriminadas, evitam revelar o que fazem, especialmente aos filhos, e suportam clientes desagradáveis ou que não querem usar preservativos.
Fonte: www.envolverde.com.br




Nenhum comentário: