Segundo o autor da novela "Fina Estampa", Aguinaldo Silva, a novela traz um debate sobre o porquê de as mulheres não denunciarem os agressores. Ele acredita que a ficção tenha força para alertar a sociedade. A constatação é confirmada pela delegada do 2ª DDM (Delegacia da Mulher de São Paulo), Jordana Rueda Amorim: “Em época de novelas que abordam o tema, o número de denúncias aumenta”.
Após as novelas “Mulheres Apaixonadas” e “A Favorita”, a temática da violência contra a mulher volta à tona na novela das nove, “Fina Estampa”.
Após as novelas “Mulheres Apaixonadas” e “A Favorita”, a temática da violência contra a mulher volta à tona na novela das nove, “Fina Estampa”.
Aguinaldo Silva diz que decidiu abordar o assunto pelo fato de o tema ser mais comum do que a sociedade pensa e porque muitas mulheres não têm coragem de denunciar. “Eu resolvi abordar essa temática a partir de um ponto-de-vista que me interessa muito: por que tantas mulheres que sofrem violência doméstica, mesmo tendo a chance de fazê-lo, não denunciam nem abandonam o marido? O que me interessa são as personagens, não a temática: uma relação como essa entre Baltazar e Celeste é muito mais comum do que se pensa."
Após as novelas “Mulheres Apaixonadas” e “A Favorita”, a temática da violência contra a mulher volta à tona na novela das nove, “Fina Estampa”. O conflito acontece entre os personagens Celeste (Dira Paes) e Baltazar (Alexandre Neto). Ela é agredida diariamente pelo marido e ainda não teve coragem de denunciá-lo para a polícia. Segundo o autor, Aguinaldo Silva, em entrevista ao UOL, a novela traz um debate sobre o porquê de as mulheres não denunciarem os agressores. Ele acredita que a ficção tenha força para alertar a sociedade. A constatação é confirmada pela delegada do 2ª DDM (Delegacia da Mulher de São Paulo), Jordana Rueda Amorim: “Em época de novelas que abordam o tema, o número de denúncias aumenta”.
Em 2008, ano em que a novela “A Favorita” foi ao ar com a história das agressões de Léo (Jackson Antunes) a Catarina (Lilia Cabral), a Central de Atendimento à Mulher registrou 269 mil denúncias, relatos de violência e pedidos de informação em todo o país. A procura pelo serviço aumentou 32% se comparada com 2007. A informação é da Agência Brasil. Além disso, mulheres entrevistadas pelo UOL que sofrem com a violência doméstica contam que a trama serve para encorajá-las.
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Aguinaldo Silva diz que decidiu abordar o assunto pelo fato de o tema ser mais comum do que a sociedade pensa e por que muitas mulheres não têm coragem de denunciar. “Eu resolvi abordar essa temática a partir de um ponto-de-vista que me interessa muito: por que tantas mulheres que sofrem violência doméstica, mesmo tendo a chance de fazê-lo, não denunciam nem abandonam o marido? O que me interessa são as personagens, não a temática: uma relação como essa entre Baltazar e Celeste é muito mais comum do que se pensa. Por que eles são assim? E de que maneira devem caminhar - juntos ou separados - para superar esta situação tão difícil? Como a novela deve ser exemplar, terá que mostrar isso”.
A novela “Mulheres Apaixonadas” (2003) também marcou época por conta da história de Raquel (Helena Ranaldi) que apanhava diariamente de Marcos (Dan Stulbach) com uma raquete de tênis. A audiência da trama tinha uma média de 47 pontos no Ibope. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo.
De acordo com Silva, a temática é constante e faz sucesso nas novelas por estar presente na vida de muitos. “A sociedade se identifica com assuntos que lhe dizem respeito e mais ainda com os que falam do seu cotidiano. A violência contra a mulher - não só a física, mas a psíquica, que é igualmente terrível - está no cotidiano de todos. Não conheço ninguém que não tenha testemunhado, se envolvido ou participado de uma situação como essa. Por isso é natural que a novela a inclua em suas tramas”.
Já a abordagem do assunto ao longo da novela “Fina Estampa” será feita de forma a despertar a reflexão sobre a submissão de Celeste perante o marido, e Silva procurará responder indagações que não são tão óbvias de serem compreendidas na vida real: “Por que algumas mulheres acabam se tornando cúmplices do marido violento? Que jogo perverso é esse que acontece entre eles? Que tipo de ajuda levaria Celeste a finalmente perceber o quanto sua situação é abominável?”.
Saiba como denunciar
Se você sofre com algum tipo de violência doméstica, pode denunciar o agressor para a Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) através do número 180.
Além disso, pode recorrer a Delegacias da Mulher e Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência da região onde mora.
Fonte: uol.com.br
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