Campanha criada pela ONG Artemis
joga luz sobre violências silenciosas, que nem sempre deixam marcas visíveis,
mas aprisionam milhões de mulheres no Brasil. Com ato nacional, feministas
pretendem exigir dos tribunais o reconhecimento de denúncias de agressões
psicológicas e morais.
No Brasil, existem diferentes
tipos de violência que calam e aprisionam milhões de mulheres diariamente.
Nosso país ocupa o 5º lugar no ranking de feminicídio de acordo com a ONU
Mulheres. E os índices são alarmantes. Cerca de 41% dos casos de violência
acontecem dentro de casa. Além disso, 3 em cada 5 mulheres sofreram, sofrem ou
sofrerão violência em um relacionamento afetivo. É urgente! Precisamos falar de
relacionamento abusivo.
Campanha #TambémÉViolência joga
luz sobre o relacionamento abusivo (Foto: Camila Cornelsen)
Apesar de as violências
silenciosas – psicológica, moral e patrimonial – constarem na Lei Maria da
Penha, muitas das denúncias não são reconhecidas pelos tribunais de justiça.
Por isso, a ONG Artemis, organização comprometida com a promoção da autonomia
feminina e prevenção e erradicação de todas as formas de violência contra as
mulheres, prepara, para a terça (27), o lançamento da campanha
#tambéméviolência.
Feministas posam para a campanha
#TambémÉViolência (Foto: Camila Cornelsen)
Para isso, feministas se reunirão
em um ato em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, onde exigirão das
autoridades o efetivo cumprimento da lei e pretendem conscientizar a sociedade
apontando sinais de violência até então banalizados.
Nas redes, a ideia é estimular o
debate por meio da divulgação de histórias que envolvam qualquer conduta que
cause dano emocional, diminuição da autoestima ou controle de ações por meio de
ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância,
insulto, perseguição e limitação do direito de ir e vir.
A mobilização que vai até o dia 10 de outubro tem o apoio da
LUSH, que incentiva globalmente ações voltadas à garantia dos direitos humanos.
Por isso, neste período, toda a renda arrecadada com a venda do sabonete Karma
será revertida em doações para a ONG.
“Falar sobre o assunto é o primeiro passo”, diz a cartilha
do movimento. “Violência doméstica é qualquer ação ou missão baseada no gênero
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico ou psicológico e dano moral ou
patrimonial. E a culpa é sempre do agressor.”
Feministas posam para a campanha #TambémÉViolência (Foto:
Camila Cornelsen)
Fonte: Marie Claire
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