quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Profissionais do sexo debatem política de prostituição no Brasil

Profissionais do sexo do Maranhão  estão reunidas em São Luís para discutir a situação dessas mulheres, com o intuito buscar políticas públicas que lhes tragam benefícios. Elas estão participando do 8º Encontro Estadual de Profissionais do Sexo do Maranhão, iniciado na segunda-feira, dia 28, na capital maranhense e que se estende até hoje.


Com o tema “Desnudando a Política de Prostituição no Brasil”, o encontro está sendo realizado no Convento das Mercês, no bairro do Desterro. Ativistas das redes e movimentos sociais de populações vulneráveis da República Federativa da Guiné-Bissau, país da África Ocidental, estão participando do encontro para fazer um intercâmbio de experiências e melhorar o projeto de Fortalecimento do Combate ao HIV/AIDS no país africano.

Prevenção
O objetivo do encontro, que reúne também representantes de profissionais do sexo de outros estados, como Piauí, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte e Pará, é apoiar a resposta nacional para condução de uma política de prevenção e assistência em HIV/AIDS para a população em geral, e para os grupos populacionais que estão mais vul­neráveis e sob maior risco de infecção, contribuindo dessa forma, para o desenvolvimento de ações para o fortalecimento das políticas públicas voltada ao HIV/AIDS e hepatites virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento é realizado em parceria com organizações da sociedade civil que desempenham ativismo e controle social para a promoção de direitos e resgate da cidadania e conta com o apoio do Ministério da Saúde (MS), e das Secretarias de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), da Mulher (Sema) e Municipal de Saúde (Semus).

Fortalecimento
De acordo com Maria de Jesus Almeida, sócia-fundadora da Associação de Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), o encontro acontece no período em que se comemora os 40 anos de luta pelos direitos da prostituição no Brasil.

Ela afirmou que as profissionais que atuam nessa área estão mais conscientes de seus direitos e hou­ve avanços significativos para a diminuição do preconceito. Contudo, ela afirmou que mais melhorias precisam ser colocadas em práticas, e uma delas é o projeto de lei para regulamentar a prostituição como profissão.

“O preconceito não vai acabar, mas a profissional do sexo está mais consciente de seus direitos. Se ela for violentada, por exemplo, sabe a quem procurar. Além disso, a prostituta tem de ser vista na sociedade como uma mulher que tem direitos e deveres para cumprir como qualquer outro cidadão”, ressaltou.

ATÉ HOJE
A programação do 8º Encontro Estadual de Profissionais do Sexo do Maranhão prossegue hoje com a realização de palestres voltadas para a saúde e o enfrentamento da violência. Já a noite haverá uma festa de encerramento das atividades.

Fonte: http://imirante.com/

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