segunda-feira, 9 de março de 2009

Pastoral da Mulher no lançamento da Campanha da fraternidade 2009




Ir. Lúcia Alves distribui exemplares
do Jornal Grito Mulher

De acordo com o artigo da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil), “mais de mil pessoas lotaram o plenário Juscelino Kubitschek, da Assembléia Legislativa de Belo Horizonte (MG), às 16h do dia 26 de fevereiro, para o lançamento da Campanha da Fraternidade 2009, “Fraternidade e Segurança Pública” e lema: “A paz é fruto da Justiça”. De acordo com a assessoria da Assembléia, este é o maior público registrado em uma Reunião Especial da Casa”. (Ler artigo em
www.cnbb.org.br)

Segundo Dom Walmor, “o lançamento na Assembléia Legislativa em Belo Horizonte, tem um grande significado, pois aqui é a casa do povo. Lugar para garantir e promover a justiça. O tema tem tudo a ver, não só com a igreja e a sociedade, mas com essa casa”, destacou o arcebispo.

A Pastoral se fez presente no Lançamento da Campanha da Fraternidade 2009. Ao todo, cinco agentes e sete mulheres estiveram na Assembléia. Enquanto Pastoral, podemos dizer que o espaço não foi adequado ao evento, já que o plenário não comporta o número de pessoas que compareceram (entre grupos sociais, pastorais, religiosos, imprensa, etc.). Com isso, muitos grupos, inclusive a Pastoral, assistiram tudo via telão. Apesar de a Assembléia ser um local importante, onde tantas decisões pertinentes à segurança pública, entre outros assuntos, são tomadas, ressaltamos que a estrutura não permitiu a participação efetiva de todas e todos.

Dentre os pronunciamentos, destacamos a fala do bispo auxiliar de Belo Horizonte, Dom Aloísio Vitral, que conduziu um momento de espiritualidade (cinco minutos). Segundo Dom Aluísio, Deus é desarmado e nos convida a segui-lo nessa conduta. Ele ainda falou sobre a fome da sociedade, que não é só de segurança, mas também de saúde, relações sociais harmoniosas, bem estar, felicidade, etc. Devemos saciar essa fome. Aí sim, a paz será fruto da justiça. Mesmo sem um espaço para falar de nossa atuação, as agentes conseguiram divulgar e conversar com algumas pessoas sobre o trabalho da APMM/BH. Foram distribuídos exemplares do Jornal Grito Mulher e da Cartilha contra a violência. Notamos bastante interesse de todas (os) que receberam o material.



ENTREVISTA
Entrevistada: mulher atendida pela Pastoral da Mulher, que esteve presente na Assembléia no Lançamento da Campanha.



Dê sua opinião sobre o lançamento da Campanha da Fraternidade na Assembléia Legislativa.
Não foi muito bom, pois assistimos tudo pelo telão. Foi um contato frio, onde não tivemos a oportunidade para colocar a nossa voz. Deveria ser em um espaço mais aberto.

Qual foi a fala mais marcante para você?
Foi a de Dom Aloísio. Ele nos falou sobre a importância de nos desarmar e olhar para o essencial da vida. Mas ele teve muito pouco tempo para falar.

Como alcançar a justiça?
Acho que devemos ser mais solidárias (os), pois onde tem solidariedade e compreensão não tem violência. Mas no extremo que estamos vivendo hoje, é muito complicado manter a calma e alcançar essa justiça. Além do que, a corrupção está na sociedade como um todo, mas a punição não chega para os ricos.


Para você, o que é Segurança Pública e qual a relação da Pastoral da Mulher com essa questão?
Para mim Segurança Pública tem a ver com o sistema da prisão (não soltar os ladrões, criminosos), com a estrutura da cidade. Também tem a ver com a segurança nos hotéis*, pois as mulheres ficam expostas a tudo, violência física e psicológica. Entra todo tipo de gente sem distinção, como traficantes, gente armada, etc. Não existe averiguação e, se uma mulher grita por socorro, não tem ajuda na maioria das vezes. Depois das tragédias, ninguém sabe de nada. É assim que incluo a Pastoral na segurança pública, atuando no sentido de autoridade, conscientização e orientação para as mulheres.

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