terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Exército de ex-escravas sexuais do Estado Islâmico quer vingança e resgatar mulheres no Iraque

A cidade iraquiana de Mosul nunca mais foi a mesma desde agosto de 2014, quando o Estado Islâmico invadiu a região e capturou aproximadamente 2 mil mulheres da etnia religiosa curda yazidi. Passados 18 meses, muitas conseguiram escapar da realidade de escravas sexuais dos terroristas e buscam vingança. Nasceu assim a hoje chamada ‘Força das Mulheres do Sol’.


“Muitas de nossas mulheres foram levadas de Mosul como escravas sexuais. As famílias delas estão esperando que elas voltem. Nós esperamos que elas voltem. A liberação da cidade deve ajudar a trazermos todas elas para casa”, disse a capitã Khatoon Khider, em entrevista ao canal americano Fox News. “Hoje defendemos as minorias da região”, emendou.

A preparação militar das ex-vítimas já havia sido retratada pela rede britânica BBC no ano passado.



Segundo a reportagem, 123 mulheres que viveram atrocidades nas mãos dos terroristas já passaram por treinamento militar com as demais forças militares curdas que enfrentam o Estado Islâmico no norte do Iraque. São mulheres com idades entre 17 e 37 anos. Outras 500 aguardam para serem treinadas e também lutarem contra seus algozes.

Além de sequestrar mulheres para escravizá-las, os terroristas arrasaram Mosul no que chamaram de ‘purificação’ contra os não-islâmicos no Iraque. O ataque do Estado Islâmico matou milhares de pessoas e desalojou pelo menos 200 mil na cidade.

A presença feminina entre as forças de resistência já ajudou a retirar o Estado Islâmico da cidade de Sinjar. A próxima meta é expulsar os terroristas de Mosul e libertar os 3,5 mil que estariam sendo feitos como reféns – a maioria mulheres e crianças, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

A próxima ação militar não deve contar com a ajuda do Exército iraquiano, que não está em condições de enfrentar os jihadistas neste momento. Nada que preocupe as mulheres que buscam vingança e redenção com armas nas mãos. “Agora estamos nos defendendo do mal. Faremos o que for necessário”, concluiu Khatoon Khider.


Fonte: Brasil Post

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