quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Profissão Repórter mostra os dilemas de quem vive na prostituição

Muitas mulheres encontram na prostituição uma forma de se manterem. Outras veem o trabalho como carreira e encaram as ruas com orgulho e dignidade. A equipe do Profissão Repórter acompanhou a rotina de mulheres que ganham a vida com sexo e descobriu o que pensam sobre a prostituição.


Na Avenida Afonso Pena, um dos principais pontos de prostituição de Belo Horizonte, nossa equipe encontrou Cida Vieira. Ela é formada em massoterapia e acupuntura, mas gosta do trabalho como prostituta e fundou uma associação para defender o direito de outras mulheres.
A Aprosmig tem duas mil profissionais do sexo cadastradas e todas trabalham no centro de Belo Horizonte. Além de informação e apoio, o local fornece preservativos para as mulheres. A região central, conhecida como “zona boêmia”, tem 24 hotéis exclusivos para prostituição.

No Rio de Janeiro, a prefeitura criou o projeto Damas, que dá aulas de português, noções de direito e cuidados com a saúde e orientação vocacional a travestis e transexuais. Muitas alunas estão desempregadas e se prostituem, mas o assunto é incômodo. “Quero sair (da rua). Sou cabeleireira, mas não encontro emprego em lugar nenhum. Me prostituo há três anos”,  diz Leona Pereira.

Melissa Freitas é travesti, faz programa e quer encontrar outro emprego. Ela acredita que não encontra um trabalho formal por preconceito. Depois de sete anos buscando uma oportunidade, a jovem consegue uma vaga em uma loja de fantasias, no centro do Rio de Janeiro. Como garota de programa, o faturamento mensal era de até R$ 3 mil. Agora, Melissa recebe um salário mínimo, mas comemora a carteira assinada.

Muitas mulheres com 45, 50 ou 60 anos não conseguem mais mudar de vida. Ceny tem 54 anos e sustenta a filha e três netos fazendo programa na região da Luz, em São Paulo. Ela revela que alguns homens pagam pouco, mas não nega trabalho, porque precisa manter a casa. Ceny divide um imóvel alugado com a filha, o genro, três netos e um companheiro, que conheceu enquanto fazia programa.

Fonte: Globo

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