Sete em cada 10 mulheres consideram que a atuação do homem
no mercado de trabalho não é mais importante que a delas. A conclusão é de uma
pesquisa realizada pelo Data Popular em parceria com o SOS Corpo, que comprova
que a maior participação delas no trabalho remunerado não foi acompanhada por
mudanças na divisão sexual na atuação doméstica, nem na oferta de políticas
públicas.
Ao todo, foram entrevistadas 800 mulheres em nove capitais e
no Distrito Federal, com idades entre 18 e 64 anos. O estudo aponta que 91% das
pesquisadas consideram que o trabalho remunerado é fundamental em suas vidas,
mesmo admitindo que sua rotina é extenuante por serem elas também as principais
responsáveis pela casa e pelo cuidado com os filhos.
Para as entrevistadas, os maridos dão mais trabalho do que
ajudam. E para as mulheres casadas das classes C e D, isso é mais evidente: 64%
e 61%, respectivamente. A maioria expressiva das entrevistadas das classes D e
E (78%) declaram não possuir máquina de lavar roupa; nas classes C são 47% e na
classe AB, apenas 17%.
Com relação à vontade de parar de trabalhar para cuidar da
casa, a pesquisa observou que, quanto maior a renda, menor a vontade: 59%
expressam esse desejo na classe D; 37% na classe C; e 32% na classe AB. Nos
finais de semana, 73% das mulheres afirmaram realizarem tarefas domésticas nas
suas próprias casas. A pesquisa revela ainda que encontrar vaga em creche é a
principal dificuldade para as mulheres que têm trabalho remunerado. Esta
demanda não varia de acordo com a classe social (classe AB 36%; classe C 33%; e
classe DE 34%).
Fonte: Mundo do Marketing
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