No dia 12 de Novembro, último dia do IV Congresso e XVIII Assembleia Nacional da Cáritas Brasileira, ocorreu a entrega do II Prêmio Odair Firmino de Solidariedade. A Pastoral da Mulher de BH foi finalista e distinguida com o 2° lugar.
Lançado no ano passado pela Cáritas Brasileira, o Prêmio Odair Firmino de Solidariedade visa promover a solidariedade e valorizar as experiências e as ações coletivas que promovam o protagonismo dos brasileiros excluídos pelas políticas públicas e reconhecer os esforços das organizações, associações, entidades e grupos populares na defesa da vida.
Este ano o tema do Prêmio é “Mulher, Desenvolvimento e Meio Ambiente”, com vistas a estimular e apoiar iniciativas que tenham mulheres no comando ou que beneficiem prioritariamente grupos de mulheres. A Cáritas Brasileira recebeu um total de 56 inscritos de todas as regiões do país. A região Sudeste foi a que mais apresentou projetos com 20 inscrições, seguida do Nordeste que apresentou um total de 17 experiências.
O terceiro lugar ficou com o Grupo de Produção Rural Serra Gavião (PI). A experiência Começar de Novo (MG) foi a segunda classificada e A Luta das Mulheres Indígenas – Comisulba (BA) ficou com o primeiro lugar do prêmio. As três finalistas, além de um troféu e certificado, receberam um prêmio em dinheiro no valor de R$ 10 mil para o primeiro lugar, R$ 5 mil para o segundo e um prêmio de R$ 3 mil para o terceiro.
Os aprendizados da Pastoral da Mulher nesta caminhada dos últimos anos têm sido muitos. Percorrer e a compartilhar solidariamente o caminho da vida com as mulheres, nos levou a experimentar no caminho que a libertação é mútua; humanizamos e somos humanizadas, salvamos e somos salvas. Torna-se um itinerário de Graça: a mulher é um sinal de Deus para nós. Temos aprendido a superar visões distorcidas e preconceituosas que colocam a mulher como “vítima” ou “coitadinha”, reduzindo-as aos aspectos de fragilidade, impotência e imobilidade. As mulheres na Pastoral têm seu espaço de participação como agentes, sendo elas as principais promotoras de seu processo. Por isso nos colocamos ao seu lado, como companheiras e companheiros de caminho, e defensoras/es da vida e da dignidade da mulher. Valorizamos e dialogamos com sua experiência de vida, possibilitando assim uma ação construída coletivamente onde a mulher, sensibilizada e consciente de sua realidade, apropria-se de seu processo, compromete-se com ele e com a promoção de outras mulheres, tornando-se sujeito de transformação da sua própria realidade.
Outro aprendizado importante tem sido a interdisciplinaridade e o trabalho em rede. Nossa Pastoral, devido à complexidade da prostituição, realiza o trabalho em equipe interdisciplinar a partir do diálogo e do consenso e apoia-se na colaboração de outros grupos, profissionais da área das ciências humanas, entidades e instituições. É aberta ao diálogo com as diferentes posturas diante da prostituição, articula-se em redes de relações com pastorais de outras cidades para o acompanhamento da mulher itinerante, e com grupos que trabalham com a prevenção do tráfico de mulheres, do turismo sexual e da prostituição infantil. Igualmente faz parceria com grupos e organismos de luta popular e de organização de cooperativismo. Conta com assessoria permanente na avaliação de suas ações e no acompanhamento dos projetos; também sensibiliza outras pessoas, grupos e movimentos com relação a essa problemática.
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