quinta-feira, 30 de setembro de 2010

uma rede de prostituição de brasileiros é desarticulada na Espanha


A polícia desarticulou mais uma rede de prostituição que explorava brasileiros na Espanha, na cidade de Girona. De acordo com as investigações, que se estenderam por um ano e meio, as vítimas - mulheres, homens e transexuais - eram atraídas por e-mail e redes sociais na internet. A operação terminou com 22 pessoas presas acusadas de favorecer a imigração ilegal, prostituição, formação de quadrilha e crimes contra os direitos dos trabalhadores.

O caso começou a ser apurado em abril de 2009, a partir do depoimento de seis vítimas e com a ajuda de autoridades brasileiras. A polícia investigou sete imóveis, onde foram encontrados 74.203 euros em dinheiro (cerca de 170.800 reais), 400 gramas de maconha e duas balanças de precisão. Também foram presas 18 prostitutas que não tinham permissão para morar e trabalhar na Espanha e devem ser deportadas.
 

A ação começava a partir do momento em que os criminosos conseguiam fazer com que as vítimas contraíssem uma dívida com eles, que oscilava entre 2.500 e 9.000 euros (de 5.700 a 20.700 reais). Elas eram, então, obrigadas a se prostituir para quitar o valor, que aumentava de forma arbitrária a partir da aplicação de multas por infringir normas de comportamento, por exemplo, ou da exigência de ajuda de custo nas contas de eletricidade, telefone ou televisão.
 

No fim de agosto, a polícia espanhola já tinha desarticulado pela primeira vez uma rede de prostituição que explorava homens brasileiros. O esquema consistia em forçar os homens a se prostituírem "24 horas por dia". Para isso, ao sair do Brasil rumo à Espanha, eles recebiam cocaína, popper - droga para estimulação sexual - e viagra. A investigação, que se estendeu por mais de seis meses, terminou com a prisão de 19 pessoas em diferentes províncias do país.


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