quinta-feira, 26 de março de 2009

“Esse agora será o nosso amanhã”. As lutas e posicionamentos de hoje refletirão em nossas vidas no futuro.

MARCHA DE SUFRAGISTAS PELO VOTO FEMININO EM 1912/ NOVA YORK

Manifestação da União das
Costureiras em Nova York, 1910



Anesia Pinheiro Machado
"Primeira Aviadora Brasileira"

Chiquinha Gonzaga - Mulher Pioneira
Compositora e maestrina brasileira


Norte-rio-grandense que detém o honroso título de primeira eleitora do Brasil, Celina Guimarães Viana nasceu em Natal, em 1898, e faleceu em Belo Horizonte, em 1972.


APMM/BH na Manifestação pelos
direitos da Mulher - Março/2008


Ser Uma Mulher Jovem*
Brasil


"A minha geração usufrui de coisas pelas quais outras gerações lutaram, ainda assim lutamos para que possamos tê-las plenamente. Sinto-me uma jovem mais livre, sei que ainda existem muitas coisas para serem construídas.

Sabe, para escrever este texto fiquei muito atenta ao que diferenciava o meu ser jovem enquanto mulher na sociedade atual. Pensando nisto, questionei-me sobre o que era diferente de outros tempos e como vivo hoje. Sinto que agora as coisas estão sendo desconstruidas para que se construam outras, assim, algumas coisas já mudaram enquanto outras estão neste processo".

* Artigo Ser uma Mulher Jovem, escrito por Carla Romão/2007; Carla Romão, 20 anos, estudante do terceiro período de Ciências Sociais da UERJ, professora de educação infantil, colaboradora da CAMTRA - Casa da Mulher Trabalhadora - e militante da Marcha Mundial das Mulheres.
Fonte:http://www.uff.br/obsjovem/mambo/index.php?option=com_content&task=view&id=222&Itemid=23



Ser mulher na Libéria*

"Ser mulher na Libéria significa, literalmente, começar a trabalhar duro aos 10 anos de idade. Significa ser e estar velha antes dos 40 anos. Num lugar exposto a tantas guerras civis, os meninos são desde cedo aliciados, à força mesmo, para a guerra.

Mulheres estupradas pelas milicias é lugar comum, e impotentes nada lhes resta a não ser criar os filhos de seus estupradores.

Na África ainda hoje, as mulheres fazem o serviço pesado e os homens apenas demandam os resultados, que devem ser levados a efeito com eficiência e diligência, como carregar filho, fardo , e lata d’água na cabeça, enquanto o homem nada carrega, apenas serve de "coelho de prova", estipulando-lhe o rítmo a ser observado.

Neste lugar pobre e miserável os homens não anseiam pela paz, pois que o exército (formal ou não) lhes garante o soldo em espécie. Não precisam trabalhar. Só matar.

Mas o impensável, o improvável, o impossível aconteceu. As mulheres liberianas num acordo sub-liminar tácito de silêncio, elegem Ellen Johnson-Sirleaf, de 67 anos, a primeira mulher presidente de uma nação africana".

Ellen Johnson-Sirleaf, presidente da Libéria

* Artigo escrito por Cylene Dantas da Gama (historiadora e ambientalista). 2006
Fonte:http://www.terrazul.m2014.net/spip.php?article299



Feridas para sempre*

"Pelo menos 130 milhões de mulheres (a maioria vive na África) são dilaceradas pela amputação dos próprios órgãos sexuais. A cada dia, seis mil meninas seriam obrigadas a se submeter a essa violência ritual. É uma prática atroz, perpetrada em nome das tradições culturais. Um tema intrigante que começa a suscitar a indignação e a reação do mundo.

O debate a respeito das mutilações femininas:
Fatma estava com cinco anos, quando foi transformada, à força, em mulher. Naquele dia, despertada pela mãe nas primeiras luzes do dia, foi conduzida à cabana de uma anciã, numa aldeia ao norte da Somália. Deitada na nua terra, Fatma teve mãos e pés amarrados com tiras de pano, ficando imobilizada. A mãe apertou-lhe fortemente as mãozinhas e lhe disse para ficar calma, tranqüila, e não se preocupar. "Eu estava confusa, não sabia o que estava acontecendo – conta Fatma – mas depois vi a lâmina da navalha e explodi em choro".

As lembranças passam a ser pesadelos: "Senti uma dor lancinante que me arrancou um fortíssimo grito. Vi entre as minhas pernas um rio de sangue e desmaiei. Quando me recuperei, não tinha mais força para levantar... me senti diferente... era uma outra pessoa". Hoje, Fatma, com quarenta anos, trabalha para uma associação humanitária e está em primeira linha no combate para os direitos da mulher, junto com outras centenas de ativistas africanas e árabes (feministas, políticas, médicas, advogadas, ex-curandeiras tradicionais).

*Artigo escrito por Laura Costantini.
Fonte: Artigo da Revista África - acesso em Revista "Mundo e Missão" www.pime.org.br/mundoemissao/mulhersempre.htm



Nenhum comentário: