sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Pastoral da Mulher participa de debate na UFMG




No dia 19 de agosto de 2008, ir. Lúcia Alves, representando a Pastoral da Mulher de Belo horizonte, participou da palestra “Corpos femininos: profissionais do sexo” na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. O evento foi organizado pelo GSS – Grupo de Estudos sobre Gênero, Sexualidade e Sexo na Educação (UFMG).

A mesa foi composta por Amadeu Cruz, IGB/UFMG, Lucilene França, atriz da peça “Hotel Açucenas”, Dos Anjos e Laura, representantes da Associação das Profissionais do Sexo em Belo Horizonte e, Regina Medeiros, antropóloga e professora da PUC/MG.

Estiveram presentes para assistir à palestra professores da rede municipal de BH e contagem, alunos da FAE, representantes de instituições não-governamentais e grupos ligados ao trabalho com mulheres em situação de prostituição.

A abertura do evento deu-se com uma breve apresentação da coordenadora do GSS, a professora Adla Teixeira, que deu as boas-vindas e explicou a finalidade da palestra. Os componentes da mesa tiveram cerca de 20 minutos para exposição do trabalho que realizam e das experiências vividas relacionadas ao tema. Em seguida, abriu-se espaço para debate.

A princípio foi levantada a questão de retirar ou não as mulheres da prostituição. Na mesa havia diferentes posturas, o que enriqueceu o debate e também gerou algumas contradições e novos pontos de discussão.

O assunto específico voltado para a Pastoral da Mulher girou em torno de duas questões: se a Pastoral tem a proposta de retirar as mulheres da prostituição e se o trabalho da Pastoral com as mulheres trata-se de promoção social ou catequese.

Ir. Lúcia esclareceu que a proposta não é retirar as mulheres da prostituição, mas sim trabalhar no sentido do resgate da cidadania, da auto-estima, da emancipação dessas mulheres e da busca pelos seus direitos. Para aquelas que apresentam interesse em deixar a prostituição, a Pastoral oferece ações de apoio como: inclusão digital, a alfabetização, oficinas formativas e de capacitação, encaminhamentos na área trabalhista e social, além de proporcionar atendimentos individualizados. Sobre a segunda questão, ir. Lúcia também colocou que o trabalho desenvolvido não tem cunho catequético, pois a Pastoral procura respeitar as crenças de cada uma e suas formas de viver a espiritualidade. Portanto, pode-se dizer que a Pastoral atua no sentido da promoção social, vivendo valores cristãos como: acolhida, escuta, gratuidade, partilha, amor, perseverança, entre outros.

A Pastoral da Mulher ainda foi convidada a participar do grupo GSS – Grupo de Estudos sobre Gênero, Sexualidade e Sexo na Educação/UFMG, que se reúne a cada 15 dias para debater e pesquisar sobre o tema. A proposta será avaliada, mas considera-se uma participação importante, principalmente porque envolve pesquisas.

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