quinta-feira, 6 de abril de 2017

Operação 'Book Rosa' prende agenciadores de prostituição em MG


Mãe e filha são apontadas como chefes do esquema em Poços de Caldas (MG) (Foto: Polícia Civil)
Um esquema de agenciamento de adolescentes para prostituição foi desmontado na manhã desta quarta-feira (5) em Poços de Caldas (MG). Segundo a Polícia Civil, mãe e filha são apontadas como lideranças do esquema e foram detidas no bairro Jardim Quisisana. Elas seriam responsáveis por fazerem anúncios de serviços sexuais na internet envolvendo adolescentes de 12 a 17 anos. Entre as vítimas está o filho de 17 anos de uma delas.

Segundo os policiais, a operação foi batizada de "Book Rosa" por fazer referência a uma expressão que ficou conhecida na minissérie "Verdades Secretas" da Rede Globo, que abordou o aliciamento de modelos, em 2015. Ainda segundo a Polícia Civil, as duas mulheres foram presas por meio do cumprimento de mandado de prisão.

De acordo com o delegado do caso, Cleyson Brene, o trabalho investigativo teve início em janeiro deste ano, e partiu de uma denúncia do Ministério Público. "Em um profícuo trabalho investigativo, pudemos confirmar a existência de um blog, com oferta de serviços sexuais, além do número de telefone para contato. Inclusive, uma das vítimas era filha de uma das investigadas", detalha o delegado.

Ainda conforme o delegado, durante a investigação, foi apurado que além da exploração dos adolescentes, com anúncio via internet, a residência era utilizada para serviços sexuais. No blog, as acusadas postaram diversas fotos de mulheres nuas, que seriam garotas de programa. Os policiais informaram ainda que os serviços oferecidos chegavam a ser negociados por até R$ 400. Entretanto, um dos anúncios feitos no blog ofertava um programa por apenas R$ 1,99 a hora.

Ainda segundo a Polícia Civil, na residência os policiais apreenderam, celulares, tablets, computadores e agendas com anotações do esquema. "Nos aparelhos telefônicos das investigadas constam conversas agenciando os programas”, informou o delegado. Ainda segundo Brene, foi levantado que as suspeitas recebiam pelo agenciamento e cobravam por mais serviços.
A polícia informou que a família das investigadas já contratou um advogado para a defesa das mulheres. Elas foram encaminhadas para a delegacia da cidade e, segundo a polícia, podem responder por exploração sexual de adolescente, cuja pena pode ser de até 10 anos de prisão; por manter casa de prostituição, de dois a cinco anos de detenção, e por rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia), até quatro anos de prisão.


Fonte : G1 Globo

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