sexta-feira, 12 de julho de 2013

Policiais são acusados de comandar casas de prostituição

Uma operação conjunta entre a Corregedoria Geral Unificada (CGU) e o Ministério Público do Estado do Rio culminou no fechamento de um antigo e conhecido prostíbulo situado na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói. 

Cerca de 100 pessoas, entre homens e mulheres foram conduzidos a delegacias de Niterói e São Gonçalo acusadas de envolvimento com exploração sexual. A ação contou com mais de 400 policiais civis e militares, agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Combate as Drogas (Dcod). De acordo com o delegado da Corregedoria da Polícia Civil, Marcelo Fernandes Rodrigues, o principal objetivo da operação era identificar a prática de exploração sexual, agiotagem e exploração de menores por parte de policiais civis e militares. Ao todo foram expedidos 492 mandados de de busca e apreensão.
“A gente vislumbrou a possibilidade do desvio de conduta praticada por policiais da prestação de segurança. A princípio não conseguimos identificar nenhum policial como dono desses locais, contudo os autos indicam efetivamente não só a prática da segurança, como a da exploração sexual”.
O delegado acrescentou ainda que a CGU e o Ministério Público reuniram documentos e indícios de que o prédio que inicialmente era usado para fins comerciais e residenciais passou a ser usado para a prática de exploração sexual. Quatro ônibus da Polícia Militar com garotas de programas e possíveis exploradores e frequentadores dos prostíbulos foram conduzidos à delegacias de Niterói e São Gonçalo. O delegado acrescentou que também havia a denúncia de que traficantes do Morro do Estado estariam vendendo entorpecentes no local.
No prédio de 11 andares e 341 apartamentos foi possível encontrar bebidas alcoólicas e até uma máquina de caça-níquel. Segundo a polícia, do primeiro ao quinto andar eram usados exclusivamente para a prática de exploração sexual. No material apreendido pela polícia havia droga, munição, camisinhas, comandas e até tabela com os preços dos programas.
“Efetivamente em duas ou três unidades nós encontramos drogas e munição de calibre 12. Vamos procurar instalações de ‘gato net’”, acrescentou.
Em alguns apartamentos os programas variam entre R$ 35 e R$ 120.

Fonte: www.atribunarj.com.br

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