segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brasileiras são principais vítimas do tráfico de mulheres.


Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que tem mais de, 2,4 milhões de pessoas no mundo foram vítimas de tráfico para serem submetidas a trabalhos forçados. Desse total, 43% são vítimas de exploração sexual e 32% de exploração econômica. As mulheres brasileiras estão entre as principais vítimas do tráfico de pessoas para exploração sexual, especialmente as procedentes do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás, de acordo com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o Unodc, as mulheres jovens, entre 18 e 21 anos, solteiras e de baixa escolaridade são as principais vítimas das redes internacionais de tráfico de seres humanos que operam no Brasil.
Estimativas da OIT apontam para US$ 31,6 bilhões o lucro anual produzido pelo tráfico de seres humanos. Os países industrializados são responsáveis por metade desse valor (US$ 15,5 bilhões). Segundo a Unodc, o lucro dos criminosos com o trabalho de cada ser humano transportado ilegalmente de um país para outro chega a US$ 13 mil por ano.
Essas pessoas partem de diversos lugares: Leste Europeu, Sudeste Asiático e África em direção, principalmente, à Europa. Na América Latina, as vítimas são, em sua maioria, do Brasil, Colômbia, Equador e República Dominicana.
Para tentar diminuir a prática do crime de tráfico de pessoas, o governo discute hoje as diretrizes da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Na discussão da política deve envolver aspectos como as condições sociais que levam muitas pessoas, especialmente mulheres, a uma situação de risco no exterior. “O combate à fome, à miséria, ao abandono de jovens e crianças, ao desemprego”, disse.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual, identificou que as redes de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil têm uma atuação criminosa cada vez mais qualificada. “Na era de novas tecnologias na comunicação, no transporte e em diferentes áreas, essa tecnologia não serve unicamente à afirmação dos direitos humanos, mas muitas vezes está associada de forma a potencializar novos procedimentos da atuação criminosa”,
Maioria das deportadas da Europa são vítimas de tráfico sexual.
Parte das mulheres brasileiras deportadas ou não admitidas na Europa é vítima de tráfico internacional com fins de exploração sexual. A constatação está numa pesquisa inédita no Brasil, intitulada “Indícios de tráfico de pessoas no universo de deportadas e não admitidas que regressam ao Brasil via o aeroporto de Guarulhos”.
De um universo de 175 mulheres que responderam a questionários e 15 que se submeteram a entrevistas, 76% não foram aceitas nos países de destino. O país que mais recusou a entrada de brasileiras foi Portugal, seguido por Itália, França, Espanha e Inglaterra.
A pesquisa também investigou quem são as mulheres que foram deportadas. A maioria era de origem humilde e recebia até três salários mínimos. A maior parte das entrevistadas estava na faixa dos 25 aos 40 anos de idade e vinha dos Estados de Goiás, Paraná e Minas Gerais. Em relação à escolaridade, o estudo mostra que 57,7% das mulheres têm ensino médio completo ou incompleto e 19,4%, ensino superior completo ou incompleto.
Em 2004, segundo a Polícia Federal, cerca de 22,5 mil brasileiros foram deportados ou não admitidos no exterior. Desse total, 15 mil retornaram ao Brasil pelo aeroporto de Guarulhos e cerca de 33% eram mulheres.
A pesquisa foi encomendada pela Secretaria Nacional de Justiça e pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime. Vários órgãos federais que atuam no aeroporto de Guarulhos colaboraram com o estudo, entre eles Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Infraero e Anvisa. As organizações não-governamentais Associação Brasileira de Defesa da Mulher (Asbrad) e Serviço da Mulher Marginalizada também participaram.

Vítimas do tráfico humano são mulheres entre 18 e 21 anos
De acordo com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), as mulheres jovens, entre 18 e 21 anos, solteiras e de baixa escolaridade são as principais vítimas das redes internacionais de tráfico de seres humanos que operam no Brasil.
As informações fazem parte de um diagnóstico divulgado em abril e realizado pelo Unodc e pelo Ministério da Justiça nos estados de Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. A coleta das informações foi feita de 22 processos judiciais e 14 inquéritos policias relativos ao tráfico internacional de mulheres,
Segundo o Unodc, o baixo nível de escolaridade influi na decisão das vítimas. A principal promessa feita pelos aliciadores é a de emprego e conseqüente melhoria nas condições de vida. Também há mulheres que já são profissionais do sexo e entram em contato com as redes de tráfico internacional.
Outra constatação do escritório da ONU é que os responsáveis pela investigação do tráfico internacional de mulheres consideram esse crime menos importante que o tráfico de drogas e o contrabando de armas, quando, na verdade, todos os crimes estão interligados.
Os aliciadores são em geral homens entre 31 e 41 anos, com bom grau de escolaridade. Grande parte é de empresários que trabalham em casas de show, comércio, agências de encontro, bares, agências de turismo e até salões de beleza.
Os principais destinos das mulheres que servem ao tráfico internacional são Espanha, Itália e Portugal. As vítimas também são enviadas para a Suíça, Israel, França, Japão e Estados Unidos.
Pesquisa revela que 76% das brasileiras deportadas da Europa poderiam ser vítimas de tráfico sexual.
Denuncie ligando para os telefones da Polícia Federal do seu Estado, não deixe o que as mulheres sejam escravas do crime organizado que ganham dinheiro com a exploração sexual, hoje pode ser elas anônimas e desconhecidas, amanhã pode ser uma das nossas filhas, irmãs ou primas. DIGA NÃO AO TRÁFEGO DE MULHERES NO BRASIL.
Fonte: trezehoras.com

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