Em muitas culturas, lares e comunidades ainda existem mulheres sem direito de escolha. Na hora do sexo, não podem dizer não e muito menos negociar o uso do preservativo. Segundo o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), a desigualdade de gênero é um fator determinante na feminização da Aids. E o que isso significa? Que todas as formas de violência contra a mulher são fatores determinantes para o crescimento da vulnerabilidade feminina à doença. O resultado deste quadro é assustador: metade das pessoas HIV positivas no mundo são mulheres.
Quando a AIDS surgiu no Brasil na década de 1980, a proporção era um caso de AIDS em mulheres para cada 26,5 em homens. Hoje, temos um caso em mulheres para 1,5 em homens. Por isso, em 2008, o Governo Federal lançou o Plano de Enfrentamento da Feminização da Epidemia das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e AIDS. A intenção é sensibilizar a população para o fato de que as mulheres também contraem a doença. A maior incidência de casos é na Região Sudeste, onde existem 289.074 pessoas infectadas. No Nordeste (26.757) e no Norte (16.103) a tendência é de crescimento. Segundo critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem uma epidemia concentrada, com taxa de prevalência da infecção pelo HIV de 0,6% na população de 15 a 49 anos.*
Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, ela já pode ser considerada uma doença crônica, ou seja, uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus, por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que permitem o desenvolvimento de medicamentos eficazes. De acordo com o Boletim Epidemiológico 2007, do Governo Federal, cinco anos depois de diagnosticadas, 90% das pessoas com Aids no Sudeste estavam vivas. Nas outras regiões, os percentuais foram de 78%, no Norte; 80%, no Centro-Oeste; 81%, no Nordeste; e 82%, no Sul.
AIDS x HIV
Você sabe a diferença entre Aids e HIV? Ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Significa que, no sangue, foram detectados anticorpos contra o vírus. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir aos outros o vírus que trazem consigo. A Aids é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV.
EXAMES
É importante ficar atenta, pois a doença não se manifesta da mesma maneira nas pessoas. Além do que os sintomas iniciais são comuns a várias outras doenças. São eles: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer.
Por isso, um dos objetivos do Governo Federal é incentivar a realização do teste de HIV. Somente desta maneira as pessoas podem ter certeza se estão infectadas e começar a procurar ajuda. Os testes são realizados a partir de uma amostra de sangue. Eles podem ser realizados nos laboratórios de saúde pública, em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em laboratórios particulares. Nos CTAs, o teste anti-HIV pode ser feito de forma anônima e gratuita. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a interpretação do resultado pelo paciente.
*Dados do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde.
APRENDA COMO SE PEGA E COMO NÃO SE PEGA AIDS:
ASSIM PEGA:
- Sexo vaginal sem camisinha;
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha;
- Uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação;
- Instrumentos que furam ou cortam não-esterilizados.
ASSIM NÃO PEGA:
- Sexo com camisinha;
- Masturbação a dois;
- Beijo no rosto ou na boca;
- Contato com suor ou lágrima de uma pessoa infectada;
- Picada de inseto;
- Aperto de mão ou abraço;
- Doação de sangue;
- Talheres e copos;
- Assentos de ônibus;
- Piscinas, banheiros, pelo ar
- Sabonete, toalhas e lençóis.
Fonte: www.aids.gov.br
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