sexta-feira, 4 de julho de 2008


Entre bordas e poços

(Por Fernanda Priscila Alves da Silva)

Entre bordas e poços
Entre corpos marcados
Semblantes cansados...

À beira de poços
Revigoram-se as forças
Palpitam relações
Entoam-se canções...

À beira do poço
Povos cantam hinos
De louvor
E resistência

Entre poços e bordas
Fecundam-se sonhos
Restauram-se elos...

À beira do poço me encontro
Cansada por vezes
Sedenta... Sedenta...
À beira do poço
Revigorando-me...
Revigorando-me

Poços trazem elos
Entrelaça fios
Restabelecem relações...

Em certos poços
Em certas bordas
Remexo secos ossos
Fortaleço certas cordas

Entre poços e bordas
Sacio minha sede
E compartilho o bom sabor do encontro

À beira do poço
Tocando as bordas...
Reviro-me
Re-faço-me...

Um comentário:

Unknown disse...

Muito linda a poesia, Fernanda. Gostei! Pois é, são nas bordas, nos poços...que muitas vezes nos encontramos.