A nova diretoria da Talitha Kum Board. Da esquerda para a
direita: Estrella Castalone, FMA - Coordinator; Dagmar Plum, MMS (Europe); Eugenia
Bonetti - Special Adviser; Ma. Victoria Sta. Ana, FMA (Asia); Patricia
Ebegbulem, SSL (Africa); Gabriela
Bottani, CMS (America Latina); Nicole Rivard, NDA (Roma)
Um verdadeiro exército de
religiosas se organiza para resgatar vítimas do tráfico de pessoas. Elas se
infiltram em bordéis para conhecer a realidade. Em alguns casos, compram
crianças mantidas em regime de escravidão.
O nome do ministério é Thalita
Kum, inspirada nas palavras de Jesus em Marcos 5:41. A organização filantrópica
já se expande por 80 países.
Organizado em 2004, atualmente o
grupo é composto 1100 religiosas, mas necessita de mais gente por causa da
expansão global do tráfico de pessoas. Estimam que 1% da população global é
cooptado pelo tráfico, ou quase 73 milhões de pessoas. Dessas, 70% são mulheres
com 16 anos ou menos.
A rede Talitha Kum iniciou seus
trabalhos em 2004 e integra um projeto de enfrentamento ao tráfico de pessoas
juntamente com a União Internacional das Superioras Gerais – UISG em parceria
com a Organização Internacional das Migrações – OIM, que busca formar redes de
religiosas capacitadas para a prevenção e o atendimento às vítimas do tráfico
de pessoas, sobretudo para fins de exploração sexual. O primeiro curso de
capacitação para tratar do tema foi há quase nove anos em Roma. Desde então
mais de 650 mulheres participaram dos cursos e, atualmente, 21 redes atuam em
80 países em todas as partes do mundo.
John Studzinski, banqueiro e
filantropo que representa o Thalita Kum, disse recentemente: “Não estou
tentando ser sensacionalista, mas quero ressaltar que… as forças do mal estão
por aí”.
“Esses são problemas causados
pela pobreza e pela desigualdade, mas vai muito além disso”, afirmou Studzinski
durante uma Conferência que discute os direitos e o tráfico de mulheres. São
várias as histórias tristes ouvidas das mulheres resgatadas, que ficaram
presas, foram violentadas, torturadas e constantemente acabam como escravas
sexuais.
As religiosas trabalham em
cooperação com uma rede que atua no combate ao tráfico de crianças, vendidas
como escravas, sobretudo na África, nas Filipinas, no Brasil e na Índia. As
religiosas arrecadam dinheiro de várias maneiras para tentarem recuperar essas
crianças.
Possuem várias ‘casas de
crianças’ espalhada pelo mundo. “São crianças que, se não forem resgatadas,
serão vendidas como escravas, às vezes pelos próprios pais. É chocante, mas é
real”, insiste o representante da organização.
A Rede “Um Grito pela Vida” no Brasil, integra desde 2006 a
Talitha kum. A Ir. Roseli Consoli OSR, formou parte da Coordenação Nacional nos seus
inicios.
A freira italiana Gabriella
Bottani revela que o Brasil é um país onde todas as fases do percurso das
vítimas de exploração coexistem. É um país de origem, trânsito e destino de
pessoas exploradas, e destacou que a maior parte destas são mulheres jovens,
vindas de famílias pobres e com baixos níveis de escolaridade.
Ir. Estrella Castalone
A freira Estrella Castalone, uma
italiana que coordena a rede Talitha Kum no Brasil explicou que, procurando
sair da pobreza, estas meninas “acabam sendo enganadas ou se transformam em
vítimas de diferentes formas de exploração”.
Atualmente a Ir. Manuela Rodríguez Piñeres- OSR, é referente
da Rede Um Grito Pela Vida no núcleo de São Paulo e membro do Projeto Antônia
Fonte: Christian Today
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