sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Religiosas lutam contra o tráfico sexual

 A nova diretoria da Talitha Kum Board. Da esquerda para a direita: Estrella Castalone, FMA - Coordinator; Dagmar Plum, MMS (Europe); Eugenia Bonetti - Special Adviser; Ma. Victoria Sta. Ana, FMA (Asia); Patricia Ebegbulem, SSL (Africa); Gabriela Bottani, CMS (America Latina); Nicole Rivard, NDA (Roma)
Um verdadeiro exército de religiosas se organiza para resgatar vítimas do tráfico de pessoas. Elas se infiltram em bordéis para conhecer a realidade. Em alguns casos, compram crianças mantidas em regime de escravidão.

O nome do ministério é Thalita Kum, inspirada nas palavras de Jesus em Marcos 5:41. A organização filantrópica já se expande por 80 países.


Organizado em 2004, atualmente o grupo é composto 1100 religiosas, mas necessita de mais gente por causa da expansão global do tráfico de pessoas. Estimam que 1% da população global é cooptado pelo tráfico, ou quase 73 milhões de pessoas. Dessas, 70% são mulheres com 16 anos ou menos.

A rede Talitha Kum iniciou seus trabalhos em 2004 e integra um projeto de enfrentamento ao tráfico de pessoas juntamente com a União Internacional das Superioras Gerais – UISG em parceria com a Organização Internacional das Migrações – OIM, que busca formar redes de religiosas capacitadas para a prevenção e o atendimento às vítimas do tráfico de pessoas, sobretudo para fins de exploração sexual. O primeiro curso de capacitação para tratar do tema foi há quase nove anos em Roma. Desde então mais de 650 mulheres participaram dos cursos e, atualmente, 21 redes atuam em 80 países em todas as partes do mundo.

John Studzinski, banqueiro e filantropo que representa o Thalita Kum, disse recentemente: “Não estou tentando ser sensacionalista, mas quero ressaltar que… as forças do mal estão por aí”.

“Esses são problemas causados pela pobreza e pela desigualdade, mas vai muito além disso”, afirmou Studzinski durante uma Conferência que discute os direitos e o tráfico de mulheres. São várias as histórias tristes ouvidas das mulheres resgatadas, que ficaram presas, foram violentadas, torturadas e constantemente acabam como escravas sexuais.

As religiosas trabalham em cooperação com uma rede que atua no combate ao tráfico de crianças, vendidas como escravas, sobretudo na África, nas Filipinas, no Brasil e na Índia. As religiosas arrecadam dinheiro de várias maneiras para tentarem recuperar essas crianças.

Possuem várias ‘casas de crianças’ espalhada pelo mundo. “São crianças que, se não forem resgatadas, serão vendidas como escravas, às vezes pelos próprios pais. É chocante, mas é real”, insiste o representante da organização.

A Rede “Um Grito pela Vida” no Brasil, integra desde 2006 a Talitha kum. A Ir. Roseli Consoli OSR, formou parte da Coordenação Nacional nos seus inicios.

A freira italiana Gabriella Bottani revela que o Brasil é um país onde todas as fases do percurso das vítimas de exploração coexistem. É um país de origem, trânsito e destino de pessoas exploradas, e destacou que a maior parte destas são mulheres jovens, vindas de famílias pobres e com baixos níveis de escolaridade.


Ir. Estrella Castalone
A freira Estrella Castalone, uma italiana que coordena a rede Talitha Kum no Brasil explicou que, procurando sair da pobreza, estas meninas “acabam sendo enganadas ou se transformam em vítimas de diferentes formas de exploração”.

Atualmente a Ir. Manuela Rodríguez Piñeres- OSR, é referente da Rede Um Grito Pela Vida no núcleo de São Paulo e membro do Projeto Antônia

Fonte: Christian Today


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