O comércio de seres humanos
movimenta de 7 mil a 10 milhões de dólares por ano; até 2 milhões de crianças
são vítimas da prostituição no comércio sexual mundial; 20,9 milhões de pessoas
são vítimas do trabalho forçado, dos quais 55% mulheres e crianças. Estes são
alguns dados do relatório do Serviço Jesuíta aos Migrantes (Servicio Jesuita a
Migrantes, SJM) da Espanha, elaborado pelo Instituto Universitário das
Migrações de Comillas sobre esta problemática, em vista do Dia Mundial contra o
Tráfico de Pessoas que se celebra em 30 de julho.
O tráfico ilícito de pessoas está
se transformando num “grande comércio que não para de crescer dentro da nova
economia global”, observa o relatório do SJM enviado à Agência Fides. Segundo a
ONU, o “comércio de seres humanos” envolve pelo menos 4 milhões de pessoas, num
valor econômico que pode ser calculado de 7 mil a 10 milhões de dólares. Não
obstante a forma de tráfico descoberta seja com maior frequência a exploração
sexual (79 por cento), existem outras duas formas de exploração: a exploração
do trabalho e o tráfico de órgãos.
A Organização Internacional das Migrações
estima em 500 mil o número de mulheres que entram todos os anos na Europa
Ocidental para serem exploradas sexualmente, muitas vezes com falsas promessas
de trabalho num país rico, visto que a maioria vem de países em fase de
desenvolvimento.
A segunda forma de exploração
descoberta com mais frequência é o tráfico para a exploração do trabalho.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o dado global de pessoas
vítimas de trabalho forçado atinge a cifra de 20,9 milhões. A exploração ocorre
no setor da construção, na agricultura, no setor têxtil, no serviço doméstico,
nas empresas de transportes e da mendicidade.
Este tipo de tráfico não é apenas
uma violação dos direitos do trabalhador, enquanto suas vítimas são submetidas
a condições desumanas de trabalho: horas prolongadas, salários baixos ou
inexistentes, locais de trabalho que não respeitam as normas mínimas de higiene
nem de segurança, situações de servidão por dívidas. No entanto, conclui o
relatório, os casos denunciados continuam sendo poucos, enquanto a exploração
sexual das mulheres continua sendo objeto de denúncias mais frequentes, pois
este é o tipo de tráfico mais documentado.
Fonte: Agência Fides
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