quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Movimento une mulheres contra a violência

Andar sozinha na rua nunca foi uma tarefa fácil para nenhuma mulher. O alívio frente a qualquer situação de perigo geralmente aparece quando se avista outra mulher. Dessa despretensiosa observação e depois de se ver sozinha à noite no centro de Porto Alegre, a jornalista Babi Souza, 24, compartilhou há menos de uma semana a sugestão de que as mulheres se aproximassem mais e andassem juntas.

Em poucos dias o movimento “Vamos Juntas?” já teve mais de 36 mil curtidas e inúmeras adesões em todo o país. “Adorei a iniciativa. Ontem mesmo passei por uma situação complicada. Estava andando pela orla de Copacabana quando vi uma senhora saindo do táxi. No mesmo instante, um cara começou a ir na direção dela. Fui andando mais rápido que pude e fingi que a conhecia. O cara se assustou e desviou”, relatou Caroline Pessoa, do Rio de Janeiro, em depoimento publicado na página do movimento.
Na avaliação de Babi, tamanha repercussão se deve ao fato de a ideia “ter focado em um problema muito real da vida das mulheres”. “Na verdade, tem o lado mais prático de irmos juntas, mas o que mais tem encantado é a coisa de que nós podemos juntas formar algo mais forte do que separadas. Está relacionado ao termo sororidade (irmandade entre as mulheres)”.
A social media Stephanie Evaldt, 23, e a designer Vika Schmitz, 21, também estão colaborando na manutenção do projeto. Elas agora avaliam as inúmeras sugestões recebidas para que o movimento ocupe novos espaços. “Estamos pensando como intervir e facilitar esses encontros de forma mais prática”, diz Babi.

Fonte: O Tempo

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