Andar sozinha na rua nunca foi
uma tarefa fácil para nenhuma mulher. O alívio frente a qualquer situação de
perigo geralmente aparece quando se avista outra mulher. Dessa despretensiosa
observação e depois de se ver sozinha à noite no centro de Porto Alegre, a
jornalista Babi Souza, 24, compartilhou há menos de uma semana a sugestão de
que as mulheres se aproximassem mais e andassem juntas.
Em poucos dias o movimento “Vamos
Juntas?” já teve mais de 36 mil curtidas e inúmeras adesões em todo o país.
“Adorei a iniciativa. Ontem mesmo passei por uma situação complicada. Estava
andando pela orla de Copacabana quando vi uma senhora saindo do táxi. No mesmo
instante, um cara começou a ir na direção dela. Fui andando mais rápido que
pude e fingi que a conhecia. O cara se assustou e desviou”, relatou Caroline
Pessoa, do Rio de Janeiro, em depoimento publicado na página do movimento.
Na avaliação de Babi, tamanha
repercussão se deve ao fato de a ideia “ter focado em um problema muito real da
vida das mulheres”. “Na verdade, tem o lado mais prático de irmos juntas, mas o
que mais tem encantado é a coisa de que nós podemos juntas formar algo mais
forte do que separadas. Está relacionado ao termo sororidade (irmandade entre
as mulheres)”.
A social media Stephanie Evaldt,
23, e a designer Vika Schmitz, 21, também estão colaborando na manutenção do
projeto. Elas agora avaliam as inúmeras sugestões recebidas para que o
movimento ocupe novos espaços. “Estamos pensando como intervir e facilitar
esses encontros de forma mais prática”, diz Babi.
Fonte: O Tempo
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