Os dados de 2013 mostraram que
segundo os boletins de ocorrência registrados em 18 estados, 254 pessoas foram
vítimas de tráfico no Brasil. Deste total, 52% foram vítimas de exploração
sexual.
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O Ministério da Justiça divulgou, no Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o mais recente Relatório Nacional Sobre este Tipo de Crime.
De acordo com o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, os números do documento apresentado hoje são
bons se for considerado sob a ótica do enfrentamento ao crime, mas ainda são
uma pequena mostra da realidade a ser enfrentada. De acordo com o ministro,
“são necessárias mais denúncias, maior conscientização, maior integração e
ações conjuntas do Estado e da sociedade para que este crime possa ser
erradicado”.
Durante a apresentação do
relatório, o secretário Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, destacou a
atuação do Departamento de Polícia Rodoviária Federal que, conforme o
documento, em 2013 havia retirado 590 crianças e adolescentes de pontos
vulneráveis à exploração sexual nas rodovias brasileiras.
“O que nos ajuda a esclarecer à
sociedade que tráfico de pessoas não se resume ao tráfico internacional para
exploração sexual. Isso ocorre dentro do país, envolve outras formas e
modalidades de exploração, e tem que ser combatido", ressaltou
Vasconcelos.
Crimes diversos - A exploração
sexual figura como a principal atividade do tráfico de pessoas existentes, mas
a não se restringe a essa finalidade. Segundo relatório global das Nações
unidas, outras formas de exploração, segundo o relatório, estão ligadas ao
trabalho escravo, remoção de órgãos, adoção irregular e com fins financeiros,
por exemplo. A mendicância forçada também foi observada como uma prática do
tráfico de pessoas, muitas vezes vinculada ao tráfico de drogas e outras
modalidades.
Os dados do relatório apresentado
referem-se ao ano de 2013, e foram baseados em importantes informações sobre as
vítimas brasileiras de tráfico internacional de pessoas, fornecidas pela
divisão de Assistência Consular do Ministério das relações Exteriores. No
total, foram registrados 62 casos no exterior.
Para a realização do relatório, o
Ministério da Justiça solicitou aos estados os dados provenientes dos Boletins
de Ocorrência das polícias civis, em alguns estados, da Polícia Militar. Nesse
caso, o número de vítimas em 2013, segundo os BOs foi de 254 pessoas, a maioria
para fins de exploração sexual (52,8%), porém, nem todos os estados responderam
ao pedido do ministério. Entre os estados com mais registros estão São Paulo
(184 vítimas) e Minas Gerais (29 pessoas).
Fonte: www.justica.gov.br/
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