Papa quis participar pessoalmente
do encontro organizado pelo Vaticano que reúne prefeitos de todo o mundo, de
Nova Iorque a Paris, de São Paulo a Buenos Aires, sobre o tráfico de seres
humanos, ou seja, as várias formas de escravidão moderna, além de mudanças
climáticas e desenvolvimento sustentável.
Ao final do encontro desta
terça-feira (21/7), Francisco foi até a Sala Nova do Sínodo. No seu
pronunciamento, em espanhol e no improviso, o Pontífice falou da sua esperança
que as Nações Unidas promovam “um acordo de base fundamental”, porque “a ONU
precisa realmente assumir uma forte posição sobre esses problemas, em
particular, sobre o tráfico de seres humanos, devido às mudanças climáticas. O
Papa disse também ter “grandes esperanças sobre o encontro de Paris em
dezembro”.
O Papa disse ainda que “a sua
Encíclica não é uma ‘encíclica verde’, mas, uma ‘encíclica social’, porque,
dentro dela, da vida social do homem, não podemos separar o cuidado com o
ambiente. Mais ainda, o problema do ambiente é uma atitude social, que nos
socializa”.
Francisco também enfatizou que a
cultura do cuidado pelo ambiente não é uma atitude somente “digo, no bom
sentido, verde, é muito mais. Cuidar do ambiente significa uma atitude de
ecologia humana. Já não podemos dizer a pessoa está aqui, e a Criação e o
ambiente estão ali. A ecologia é total, é humana. Foi o que eu quis expressar
na Encíclica Laudato si. Que não se pode separar o homem do resto. Existe uma
relação de incidência mútua. Seja do ambiente sobre a pessoa, seja da pessoa no
modo como trata o ambiente. E, também, o efeito de ‘rebote’ contra o homem,
quando o ambiente é mal tratado”.
Fonte: Vatican Radio
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