Grupo protestou contra suposto
uso de dinheiro público para pagar 'festas de luxo e prostituição' a políticos
envolvidos em Petrolão.
Um grupo de feministas protestou
nesta segunda-feira (20) em frente à sede da Petrobras em São Paulo contra o
uso indevido de dinheiro público para pagar "festas de luxo e
prostituição" a diretores e políticos envolvidos no suposto escândalo de
corrupção da empresa.
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press
Ativistas do movimento feminista
Bastardxs realizam protesto contra a utilização do dinheiro da Petrobrás para
financiar festas e prostituição de luxo para políticos brasileiros
Foto: Leonardo Benassatto /
Futura Press
"É uma grande falta de
respeito que políticos eleitos gastem dinheiro com isso, havendo prioridades
como saúde, educação, segurança e políticas públicas para as mulheres",
criticou em declarações à Agência Efe a ativista Sara Winter.
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press
Ato aconteceu em frente a sede da
empresa na Avenida Paulista, em São Paulo, SP, na manhã desta segunda-feira
(20).
A manifestante citou como exemplo
de políticas reivindicadas pelas mulheres "um parto mais humano no sistema
público de saúde" e zelar pelo "cumprimento da Lei Maria da
Penha", que combate a violência contra as mulheres no país.
As denúncias de pagamento a
serviços de prostituição com dinheiro desviado da Petrobras surgiram há uma
semana com a delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e de seu assessor,
Rafael Angulo Lopez.
O objetivo da ação era
"ridicularizar" os políticos envolvidos no escândalo com uma
representação satírica para informar e chamar a atenção das pessoas.
Foto: Leonardo Benassatto /
Futura Press
Segundo eles, parte do dinheiro
desviado foi usado para o pagamento de "prostitutas de luxo" em
festas com empresários e políticos envolvidos no escândalo de corrupção
investigado pela Operação Lava-Jato.
De acordo com os delatores, cerca
de R$ 150 mil foram usados em 2012 na contratação de serviços de prostituição,
incluindo celebridades brasileiras.
O ato foi protagonizado por Sara
Winter (23) e Bia Spring (19), que estavam caracterizadas de político e
prostituta.
Como protesto, duas integrantes
do coletivo "Bastardas" ficaram parcialmente nuas em frente à sede da
companhia, com os corpos pintados com símbolos que faziam referência à estatal,
uma simulando ser um político e a outra uma prostituta.
Durante a manifestação, as
ativistas representaram a realização do ato sexual, a ingestão de bebidas alcoólicas
e o gasto de dinheiro, além de levarem cartazes com frases que satirizavam
dirigentes políticos.
"Segurança, educação e
saúde: investimento = R$ 0,00. Prostituição = R$ 150 mil", dizia um dos
cartazes.
"É uma maneira de mostrar ao
povo que o movimento feminista não se cala. Vimos o que aconteceu, pensamos uma
ação e aqui estamos mostrando o que queremos para o Brasil com um protesto
pacífico", disse o coletivo.
De acordo com Winter, o objetivo
da ação era "ridicularizar" os políticos envolvidos no escândalo com
uma representação satírica para informar e chamar a atenção das pessoas. Para
Winter, tirar a roupa foi uma maneira de impressionar as pessoas e fazê-las ver
o que está sendo reivindicado.
Fonte: Terra
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