Após leitura do Alcorão um grupo extremista próximo de Cabul
executaram perante cerca de 150 testemunhas uma mulher acusada de adultério. O
fato dentre muitos ocorridos foi divulgado em um vídeo e revoltou autoridades e
todos quantos assistiram .
Um vídeo que mostra a execução a bala de uma mulher suspeita
de adultério em um povoado próximo a Cabul relançou a polêmica sobre a condição
feminina no Afeganistão depois de dez anos de presença internacional.
Em um pequeno povoado da província de Parwan, dezenas de
homens, sentados no chão ou nos telhados das casas, observam a mulher coberta
por um véu. A acusada, sentada, ouve a sentença de morte sem mover-se ou tentar
escapar. O vídeo de três minutos divulgado mostra a execução ao mesmo tempo que
se ouve uma voz masculina citar passagens do Corão.
Entre os presentes, apenas homens, alguns gravam a cena com
seus celulares. Outros pedem ao assassino que pare de disparar.
Segundo a versão oficial, Najiba, de 22 anos, foi detida
pelos talibãs por ter mantido “relações” (extra-conjugais) com um comandante
talibã do distrito de Shiwari, também em Parwan, e foi condenada à morte. O
ministério do Interior afegão condenou com firmeza o que chamou de “ato
anti-islâmico e desumano cometido por assassinos profissionais”.
Todos os meses são registrados crimes odiosos contra
mulheres no Afeganistão, principalmente nas zonas rurais, onde regem as
tradições. Segundo a organização não-governamental Oxfam, 87% das afegãs
afirmam ter sido submetidas a violências físicas, sexuais ou psicológicas, ou a
um casamento forçado.
Fonte: www.odiario.com
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