Minas Gerais teve um crescimento de 47,3% no número de
pontos vulneráveis a prostituição infantil nas estradas que cortam o estado. Os
dados são do Mapeamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que aponta 1.776
pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias
federais do Brasil.
Em 2009/2010 Minas contava com 133 pontos de risco a
exploração sexual, em 2011/2012, este índice saltou para 252 pontos nas
rodovias onde esta pratica criminosa possa estar ocorrendo. O Estado é o líder
no ranking e seguiu a tendência de crescimento de pontos vulneráveis a
prostituição apresentado pelos cinco primeiros colocados na lista.
Nordeste – Dos 1.776 pontos divulgados pela PRF, 371 no
Nordeste. O estado com maior incidência de risco a prostituição de crianças e
adolescentes e a Bahia, mas que teve redução, passando de 148 em 2009/2010,
para 77 em 2011/2012. Os dados mostram
ainda que, em todos os estados nordestinos houve redução no número de pontos
vulneráveis a prostituição. Destaque para Pernambuco que caiu de 87 para 20
localidades com esta pratica de crime.
Áreas e trabalho da Polícia – O levantamento mostra ainda
que 6 rodovias, as BRs 230, 116, 101,
364, 153 e 163 – apresentaram 45,38% dos pontos identificados. 65,8% dos locais
vulneráveis à exploração sexual de menores ficam em áreas urbanas e 34,2% ficam
em áreas rurais.
A PRF conta atualmente com 9.194 policiais – 1.500 por dia –
para cobrir mais de 63 mil quilômetros de rodovias federais brasileiras. Em
apenas 1 operação ocorrida em 2011, 53 crianças e adolescentes foram resgatadas
das rodovias federais, foram reprimidos 37 pontos vulneráveis à exploração
sexual e detidos 30 infratores.
O trabalho da PRF não é fácil e a cada dia novos pontos de
exploração sexual surgem nas rodovias e mais crianças são exploradas por
caminhoneiros e motoristas que transitam pelas estradas. A população pode
ajudar discando 100, que recebeu 82.281 denúncias de violações de direitos
humanos de crianças e adolescentes em 2011. (Colaborou: Kaio Diniz e Willian
Ferraz).
Fonte: Erik Fiusa – Grupo UN/Minas Gerais
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