O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou na manhã
da passada quinta-feira (12) projeto de lei (PL 4211/2012) que visa regulamentar a
atividade de profissionais do sexo. De acordo com o deputado, o projeto tem
como objetivo garantir que o exercício da atividade do profissional do sexo
seja voluntário e remunerado, afastando os profissionais de um submundo de
marginalização.
Segundo Wyllys, o projeto se baseia em um dos objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil, que é a erradicação da
marginalização (art. 3º inciso III da CRFB) e o da promoção do bem de todos
(art. 3º, inciso IV). Para o deputado, a hipocrisia e moralismo da sociedade
causam e marginalização de um segmento considerável da sociedade e também a
negação de direitos aos profissionais cuja existência nunca deixou de ser
fomentada. “O atual estágio normativo, que não reconhece os trabalhadores do
sexo como profissionais, é inconstitucional e acaba levando e mantendo esses
profissionais no submundo, na marginalidade. Precisamos resgatá-los para o
campo da licitude”, diz Wyllys.
Segundo o deputado, o projeto foi construído em parceria com
representantes dos movimentos sociais que lutam pelos direitos de profissionais
do sexo. O projeto foi batizado de Lei Gabriela Leite em homenagem à escritora,
presidente da ONG Davida e ex-aluna de Filosofia da USP que decidiu virar
prostituta aos 22 anos. Gabriela também participou da elaboração do projeto de
lei. Além do diálogo com os movimentos sociais, o texto se baseia na legislação
alemã sobre o tema e nos projetos de lei 98/2003 do ex-deputado federal
Fernando Gabeira e o 4244/2004 do ex-deputado Eduardo Valverde.
Fonte: http://sul21.com.br
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