Criada por professoras e
pesquisadoras, rede “Quem cala consente?” apoiar vítimas de violência sexual e
de gênero nos campi da USP.
As universidades brasileiras têm
pelo menos um ponto em comum com as americanas. Sabe qual? A violência sexual.
A diferença é que lá o assunto é tratado abertamente. Na aula inaugural para
novos alunos, os reitores falam de assédio sexual, o que o caracteriza e como
deve ser administrado. Mesmo assim, muitos incidentes infelizes seguem
acontecendo.
Agora, imaginem aqui no Brasil,
mal se fala no assunto. A boa notícia é que isso está mudando, pelo menos na
USP. Mais de 100 professoras e pesquisadoras da Universidade criaram a rede
“Quem cala consente?”, da qual participo, para apoiar vítimas de violência
sexual e de gênero nos campi. A interrogação nome tem importância fundamental:
em geral, quem cala não consente, mas sofre, se envergonha, se culpa, e precisa
ser acolhido.
No momento, a rede lançou
abaixo-assinado com as seguintes solicitações à Reitoria da USP:
a continuidade e a efetividade de
processos já iniciados, como os casos de violência sexual ocorridos na
Faculdade Medicina e na Medicina Veterinária;
a priorização do enfrentamento
dos problemas da CRUSP, de modo que o Conjunto Residencial se torne exemplar de
novas abordagens e procedimentos efetivos contra a violência sexual e de gênero
no cotidiano universitário;
a criação de mecanismos e espaços
de denuncia, apuração e responsabilização, marcados por cuidado e sigilo;
a efetivação de ações mais
educativas e menos repressoras, dando centralidade às questões de gênero
associadas aos contextos de violência;
Na petição, o grupo cita a CPI da
violência nas universidades, que registra a violência nas instituições
estaduais paulistas, inclusive a USP.
Leia o abaixo-assinado e, se
concordar, assine. Enfrentar a violência sexual e de gênero nas universidades é
um passo importante para o Brasil se tornar um país de primeiro mundo.
Vai lá: Quem cala consente?
Fonte: Revista Trip
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