Muitas mulheres refugiadas que chegam
à Europa estão sendo forçadas a se prostituir, inclusive com auxílio de
práticas de voodoo, enquanto os homens são obrigados a pedir esmolas, segundo denunciou o analista de
urbanização Stéphane Quéré, da Engie (GDF Suez), em entrevista ao site de notícias
Atlantico nesta terça-feira.
No último final de semana, a
Interpol divulgou um relatório destacando as atividades de grandes redes
criminosas que tentam explorar os imigrantes recém-chegados ao continente
europeu. Segundo esse documento, muitos refugiados, temendo o tratamento que
receberiam por parte dos governos locais, acabam se deixando levar pelas
promessas de aliciadores, na esperança de conseguir mais dinheiro para seguir
sua jornada.
"Por um longo período, a
prostituição de imigrantes ilegais esteve limitada à comunidade da qual eles
vinham. Mas, nos anos mais recentes, esse mercado está aberto aos europeus.
Isso é novo. Esse problema está particularmente presente nas redes nigerianas.
As mulheres se prostituem sob coação de um ritual voodoo, o Gugu. Essas redes
também forçam os homens a mendigar", garantiu Quéré.
De acordo com o pesquisador
Fabrice Balanche, parte dos problemas envolvendo essas organizações criminosas
está na falta de habilidade dos refugiados para se adaptar.
"É difícil lutar contra esse
fenômeno, uma vez que os migrantes vêm de países onde as máfias são
onipresentes. A extensão das famílias é a fundação da sociedade, e é através
delas que o indivíduo tem acesso a trabalho e goza de proteção", comentou
Balanche para o Atlantico.
Segundo o especialista a única
maneira de combater essas gangues é através da intervenção estatal e da
integração dos imigrantes à sociedade do seu novo país.
Fonte: www.br.sputniknews.com/
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