Iniciativa “O Valente não é
Violento”, que atua pelo fim de estereótipos de gênero e comportamentos
machistas, produz conteúdo pedagógico livre, para colaborar na formação de
estudantes no Brasil. Conteúdo pedagógico foi financiado pela União Europeia e
revisado pela Unesco.
Oferta pública de materiais se integra à temática “Torne
Nosso Futuro laranja: Engajando a juventude na prevenção e eliminação da
violência contra mulheres e meninas”, integrada ao Dia Laranja deste mês,
celebrado a cada 25 no mundo inteiro, pela campanha do Secretário Geral da ONU
“UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”
Currículo Educativo para o Ensino
Médio sobre Gênero, Sexualidades e Prevenção de Violências e seis planos de
aulas complementares. Estes são materiais pedagógicos disponibilizados, a
partir desta sexta-feira (24/7), para as escolas brasileiras. Elaborado pela
ONU Mulheres no âmbito da iniciativa O Valente não é Violento, integrada à
campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as
Mulheres”, o currículo é uma proposta pedagógica para conscientizar meninos e
meninas sobre o direito das mulheres de viver uma vida livre de violência. As
aulas abordam os seguintes temas: Sexo, gênero e poder; Violências e suas
interfaces; Estereótipos de gênero e esportes; Estereótipos de gênero,
raça/etnia e mídia; Estereótipos de gênero, carreiras e profissões: diferenças
e desigualdades e Vulnerabilidades e Prevenção. O projeto foi financiado pelo
União Europeia e revisado pela área de Projetos de Educação da UNESCO.
Leia mais: Entenda por que é
importante discutir a igualdade de gênero nas escolas (EBC, 23/07/2015)
A ONU Mulheres reconhece as
instituições de ensino como contextos privilegiados para uma formação integral
de meninos e meninas e para o exercício da cidadania, considerando seu papel
central na promoção de mudanças sociais. “Com o currículo, a ONU Mulheres
pretende cobrir uma lacuna no ensino de gênero nas escolas, ofertando a
professoras, professores e estudantes ferramentas pedagógicas de liderança e
empoderamento das mulheres. Esses conteúdos educativos podem colaborar com a
desconstrução de comportamentos machistas e gerar mais consciência sobre as
causas da violência contra mulheres e meninas. Educadoras, educadores e
estudantes são agentes importantes de transformação e de ação para a prevenção
da violência e rumo à igualdade de gênero”, diz Nadine Gasman, representante da
ONU Mulheres Brasil.
Para a elaboração do currículo,
foram pesquisados marcos legais e políticos que apontam para a necessidade da
inclusão de discussões acerca desses temas no espaço escolar e experiências de
trabalho capitaneadas pelas políticas públicas e por organizações da sociedade
civil. O programa considera as diretrizes do Plano Nacional de Políticas para
as Mulheres (PNPM 2013-2015), que apontam para a necessidade de promover a
inserção de temas voltados para a igualdade de gênero e valorização das
diversidades nos currículos, materiais didáticos e paradidáticos da educação
básica. O PNPM destaca, ainda entre os seus objetivos, a necessidade de
“consolidar na política educacional as perspectivas de gênero, raça, etnia, orientação
sexual, geracional, das pessoas com deficiência e o respeito à diversidade em
todas as suas formas, de modo a garantir uma educação igualitária e cidadã”.
A ONU Mulheres vê a inclusão de
discussões sobre as temáticas de gênero nos currículos necessária para a
formação de professoras e professores do ensino médio, favorecendo análises e
processos de reflexão sobre as desigualdades de gênero, étnicorracial,
geracional, diversidade sexual, identidade de gênero e as violências.
“É preciso qualificar permanentemente
as pessoas que trabalham na escola, em especial as professoras e professores.
Entendemos como urgente e necessário avançar na construção de um currículo
plural e inclusivo, que apresente uma perspectiva multicultural e abra espaço
para que diferentes gêneros, etnias, faixas etárias e necessidades de
aprendizagem, além de outras categorias da diversidade, sejam efetivamente
contempladas”, diz o psicólogo Marcos Nascimento, pesquisador em gênero,
sexualidade e masculinidades e consultor responsável pela elaboração dos
materiais pedagógicos em parceria com a ONU Mulheres.
Educadoras, educadores s e
organizações podem entrar em contato para saber mais sobre o currículo da ONU
Mulheres pelo e-mail ovalentenaoeviolento@gmail.com
Dia Laranja – A oferta pública do
currículo e dos planos de aula acontecem no contexto das atividades do Dia
Laranja, celebrado mensalmente a cada 25 por proposição da campanha do
Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, UNA-SE pelo Fim da Violência
contra as Mulheres, como momento para ampliar a conscientização e agir pela
eliminação da violência contra mulheres e meninas. Sendo uma cor vibrante e
otimista, o laranja representa um futuro livre de violência contra mulheres e
meninas, convocando ativistas, governantes e membros das Nações Unidas a se
mobilizarem pelo tema da prevenção e eliminação da violência contra mulheres e
meninas, não só uma vez ao ano, no 25 de Novembro (Dia Internacional pela
Eliminação da Violência contra as Mulheres), mas todos os meses.
Em julho de 2015, a campanha
UNA-SE ressalta o papel de um grupo específico cujos esforços são vitais para
um futuro livre de violência contra as mulheres e meninas: a juventude. O tema
da ação de 25 de julho é “Torne Nosso Futuro Laranja: Engajando a juventude na
prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas”.
Inventário | Currículo |Plano de aula 1 | Plano de aula 2 | Plano de aula 3 | Plano de aula 4 | Plano de aula 5 | Plano de aula 6
ONU Mulheres e União Europeia
lançam currículo e planos de aulas para o ensino médio sobre igualdade de
gênero e enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas/
Comece já! - A juventude soma
mais de 1,8 bilhões de pessoas no mundo. Elas são grandes agentes de mudança de
atitudes negativas, estereótipos de gênero e comportamentos que levam à
violência. A violência contra mulheres e meninas tem raízes na discriminação e
na desigualdade de gênero e começa cedo, portanto, a prevenção precisa
acompanhar esse fator desde a educação de meninos e meninas, a fim de promover
relações de gênero mais respeitosas.
Neste Dia Laranja, a campanha
UNA-SE incentiva as juventudes do mundo inteiro a usarem suas vozes! Grave uma
mensagem em vídeo contando por que você acredita em um futuro livre de
violência contra mulheres e meninas. Suba o vídeo para o YouTube e compartilhe
o link no Twitter ou Facebook com as hashtags #DiaLaranja e #OrangeDay.
Fonte: Agência Patrícia Galvão
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