quinta-feira, 30 de julho de 2015

Anistia Internacional em defesa das prostitutas

O relatório da Anistia afirma que a criminalização do mercado do sexo motiva mais assédio e violência contra as prostitutas, inclusive por parte da polícia.

Uma das organizações de direitos humanos mais reconhecidas do mundo, a Anistia Internacional comprou briga com celebridades como Lena Dunham, Kate Winslet, Meryl Streep e Anne Hathaway.

Na próxima semana, durante o Encontro Internacional do Conselho da organização em Dublin, a Anistia deve apresentar aos delegados uma proposta que reconhece a prostituição como direito humano, segundo o Guardian.



No entanto, a definição proposta pela Anistia afirma que "o trabalho sexual significa que os trabalhadores do sexo estão envolvidos em atividades comerciais consentidas". O conceito, no entanto, não engloba casos como extrema necessidade econômica, situações de abuso sexual e exploração sexual por parte de cafetões.

O relatório da Anistia também afirma que a criminalização do mercado do sexo motiva mais assédio e violência contra as prostitutas, inclusive por parte da polícia.

"Relações sexuais consensuais entre adultos - excluindo atos que envolvam coerção, ameaças, fraude ou violência - devem ser protegidas da interferência estatal."
Segundo a agência RT, uma carta assinada pela Coalização Contra o Tráfico de Mulheres - da qual fazem parte Lena Dunham, Emily Blunt, Lisa Kudrow e Anne Hathaway - foi enviada para a Anistia.

"Estamos profundamente preocupadas com a proposta da Anistia em adotar uma política que prevê a descriminalização de cafetões, donos de bordeis e clientes que pagam por sexo - os pilares de uma indústria global do sexo que move US$ 99 bilhões."
O argumento da Anistia é de que a criminalização da prostituição, ainda que indiretamente, pode causar mais discriminação contra as prostitutas e forçá-las a trabalhar em condições ainda mais perigosas.


Fonte: Brasil Post

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