Um tribunal nas Maldivas acabou de sentenciar uma
sobrevivente de estupro a 100 chicotadas. Os violadores ainda não foram condenados, entre eles o
padrasto que é também acusado de ter morto um bebé fruto dessa relação, mas a
jovem foi logo sentenciada por ter feito “sexo fora do casamento”.
Se ameaçarmos o turismo das Maldivas,
a tão preciosa renda dos políticos do país, poderemos salvar essa menina e
acabar com os açoitamentos públicos. Vamos criar um protesto de 1 milhão de
vozes e, em seguida, colocaremos anúncios publicitários sobre o caso em
revistas de viagens internacionais e websites.
É difícil de
acreditar, mas uma sobrevivente de estupro de 15 anos de idade, nas Maldivas,
foi sentenciada a 100 chicotadas em público! Vamos dar um fim a essa loucura e
atingir o governo no seu ponto mais sensível: a indústria do turismo.
O padrasto da garota é acusado de matar o bebê que ela
trazia em seu ventre. Agora, um tribunal afirmou que ela deve ser açoitada por
"fazer sexo fora do casamento" com outro homem que nem mesmo foi
identificado! O presidente das Maldivas, Waheed Hassan, já está sentindo a
pressão de todos os cantos do mundo, mas podemos forçá-lo a salvar essa garota
e mudar essa lei para poupar outras vítimas de um destino cruel. É assim que
poderemos acabar com a Guerra contra as Mulheres: nos mobilizando todas as
vezes em que algo revoltante assim acontecer.
O turismo é uma grande fonte de renda para a elite das
Maldivas, incluindo ministros do governo. Vamos construir uma petição com
milhões de assinaturas para o presidente Waheed essa semana, e então ameaçar a
reputação das ilhas Maldivas por meio de anúncios publicitários em revistas de
viagens e em websites, até que ele dê um passo adiante para salvar essa garota
e abolir essa lei revoltante. Assine e encaminhe esse email agora:
http://www.avaaz.org/po/maldives_global/?biGWPab&v=23534
As Maldivas são um paraíso para os turistas. Mas não é
sempre assim para as mulheres de lá. Existem países com interpretações ainda
mais duras da sharia, a lei islâmica, mas nas Maldivas as mulheres de todas as
idades podem ser açoitadas em público se forem condenadas por sexo fora do
casamento ou adultério. A "fornicação" antes do casamento é ilegal,
mas apesar de sempre envolver um homem e uma mulher, 90% dos que são punidos
são mulheres! E, ao mesmo tempo em que estatísticas vertiginosas afirmam que 1
a cada 3 mulheres entre 15 e 49 anos já sofreram agressões físicas ou abuso
sexual, nenhum estuprador foi condenado nos últimos três anos.
Vencer essa batalha pode ajudar as mulheres em todos os
lugares do mundo, pois o governo das Maldivas está, nesse exato momento,
concorrendo a um cargo de direitos humanos na ONU em uma plataforma sobre os
direitos das mulheres! As Maldivas estão no caminho para construir a democracia
e querem ser um 'modelo de democracia islâmica'. O presidente já pediu ao
Procurador-Geral para apelar da sentença no caso da jovem de 15 anos. Mas isso
não é suficiente. Os extremistas do país forçarão o presidente a abandonar
outras reformas se a atenção da comunidade internacional se dissipar. Vamos
dizer às Maldivas que o país está prestes a perder a reputação de destino
turístico romântico, a menos que tomem medidas rápidas para assegurar os
direitos humanos universais e os direitos das mulheres.
Se uma quantidade suficiente de nós levantarmos nossas
vozes, poderemos fazer com que o presidente Waheed e seus parlamentares se
oponham aos extremistas. O presidente já tem sofrido pressão por medidas
concretas em torno dessa história vergonhosa e trágica -- vamos aproveitar esse
momento para prevenir mais injustiças contra as jovens garotas e mulheres.
Assine a petição e, em seguida, envie esse email para todos:
http://www.avaaz.org/po/maldives_global/?biGWPab&v=23534
Quando certos casos extremos chamam a atenção da opinião
pública global é super importante nos pronunciarmos, não importa se trata-se
dos EUA, da Índia ou das Maldivas. Os membros da Avaaz já lutaram muitas
batalhas se opondo à guerra global contra as mulheres. No Afeganistão, ajudamos
a proteger jovens mulheres que corajosamente se pronunciaram em público contra
o estupro; em Honduras, lutamos com mulheres locais contra uma lei que
colocaria mulheres na cadeia pelo uso da pílula do dia seguinte. Agora chegou o
momento de apoiarmos as mulheres das Maldivas.
Com esperança e determinação,
Jeremy, Mary, Alex, Nick, Ricken, Laura, Michelle e toda a
equipe da Avaaz
Mais informações:
Garota estuprada nas Maldivas é condenada a 100 chibatadas
(BBC)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/02/130226_maldivas_estupro_chibatadas_ol_cc.shtml
Maldives
government to appeal flogging of rape victim (Dawn, Pakistan) (em inglês)
http://dawn.com/2013/03/01/maldives-government-to-appeal-flogging-of-rape-victim/
Rape
victims punished, failed by Maldives justice system (Minivan news, Maldives)
(em inglês)
http://minivannews.com/society/raped-victims-punished-failed-by-law-in-the-maldives-53760
Judicial
statistics show 90 percent of those convicted for fornication are female
(Minivan news, Maldives) (em inglês)
http://minivannews.com/politics/judicial-statistics-show-90-percent-of-those-convicted-for-fornication-are-female-44605
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